Bombeiros
invadiram instalações
do
Ministério Público
06.01.2024 - Um grupo de
bombeiros invadiu, na
quarta-feira, a
Procuradoria-Geral da
República de São Tomé e
Príncipe para libertar
dois elementos da
corporação. Os dois
homens tinham sido
detidos para
investigação
relacionados com um caso
de homicídio.
Um grupo
de bombeiros invadiu na
noite de quarta-feira, 3
de Janeiro, o edifício
do Ministério Público (MP)
para libertar dois dos
seus colegas, detidos
por suspeita de
homicídio. Os dois
soldados da paz foram
indiciados por crime de
homicídio e vão ser
presentes ao juiz de
instrução ainda esta
semana. Em comunicado, o
governo são-tomense
reiterou o compromisso
de "garantir o
funcionamento das
instituições judiciais,
a sua independência, a
defesa da integridade
física e patrimonial dos
cidadãos, a paz e a
tranquilidade na
sociedade são-tomense”.
O
executivo são tomenses
defende que “o sistema
deve permitir que todos
os cidadãos,
independentemente do seu
cargo, sejam tratados de
maneira igualitária
perante a lei e sujeitos
às regras e
procedimentos que regem
os processos criminais e
devidamente
responsabilizados pelos
seus actos".
O
Conselho de Ministros
esteve reunido esta
quinta-feira, 4 de
Janeiro, no Palácio do
governo, para analisar a
invasão do edifício do
Ministério Público com o
propósito de retirar,
"de forma ilegal", dois
homens indiciados por
crime de homicídio de
uma cidadã de 57 anos.
Maria Filomena Torres
foi espancada até à
morte em frente à sede
dos bombeiros, no dia 19
de Dezembro. O
Comandante do Serviço
Nacional de Protecção
Civil e Bombeiros,
Felisberto Bragança, e o
seu Adjunto, Carlos
Trovoada foram demitidos
das suas funções e foi
criada uma comissão de
inquérito independente
para apurar, no prazo de
15 dias, os factos.
Durante a
investigação, o comando
vai ser assegurado pelo
Superintendente,
Domingos Vaz Nascimento,
e pelo seu Adjunto, o
Capitão-tenente Nilton
Tomé. Em comunicado, o
sindicato dos
magistrados do
Ministério Público
repudia estes actos e
exige melhores condições
de segurança no
exercício das suas
funções. Os magistrados
garantem perseguir a
luta a luta contra a
criminalidade, em toda a
sua linha, e garantem
que não se deixarão
abater por este tipo de
situações.
Por:
RFI