O gestor e a gestão da
cidade
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07.05.2024 -
Ao se
aproximar de uma
residência, normalmente
primando pela segurança
e a delimitação de área
nota o teu cercado, ou
seja, o muro com certa
cor, revestimento e
textura. Podemos
acrescentar o número da
casa, paisagismo, ponto
de energia elétrica e o
registro de água, o
portão para acesso de
pessoas e em alguns
casos, o portão da
garagem. Tem muitas
residenciais que se você
pudesse levaria horas
contemplando, não é
mesmo?
Pronto, mas nem sempre
podemos dizer o mesmo
quanto você está
chegando na entrada de
certas cidades, primeiro
que você não faz ideia
de onde está chegando.
Se for durante o dia,
você não consegue
enxergar uma
identificação digna, se
for a noite, com uma
iluminação precária e
por vezes, buracos na
via de acesso a estação
rodoviária aí que a
coisa fica terrivelmente
depreciativa.
No entanto, redes
sociais, existem dezenas
de postagens de gestores
municipais se utilizando
de uma campanha rasa,
achando eles que estão
promovendo o marketing
local, como se fosse a
cidade dos sonhos.
Creia, nas redes sociais
é um presépio, na visita
real é uma grande
presepada!
Mas vamos lá, o que se
espera de um hall de
entrada? O seu digno e
merecer acolhimento, com
um toque da identidade
dos seus proprietários.
Mas o que pode vir a ser
o hall de entrada de uma
cidade? Simples assim, a
estação rodoviária. A
qual por vezes sucateada,
mantida pelos esforçados
vendedores ambulantes e,
em alguns casos, pelos
taxistas que se juntam e
pintam pelo menos um
banheiro e a calçada
onde eles fazem ponto
parada, mas não é assim
em geral. E o que dizer
daquelas estações que
não tem nem mesmo a
atenção destes
profissionais?
Assemelhando as belas
entradas de residências
que você contempla, não
se pode tentar fazer o
mesmo em certas entradas
de cidade, até porque
incluído, fatores como a
insegurança e
precariedade quem chega
já desce correndo do
ônibus e sai correndo ou
pega um transporte ali
mesmo para não
permanecer por nem mais
um minuto. Qual será a
fama de lugares com tais
características?
Normalmente vemos
rodoviárias sujas, mal
apresentadas, lâmpadas
quebradas, com o
perímetro de segurança
comprometido, pois não
há segurança humana ou
eletrônica para inibir
as ações que contrariem
a ordem pública. O que
na realidade está sendo
realizado para garantir
a qualidade de vida
esperada pelos cidadãos?
E chega a vez da sala,
onde nota-se belíssimos
mobiliários, decoração
de interiores com ênfase
no emadeirado, vidros,
plantas, pedras
especiais, eletrônicos,
resumindo, decorações
que impressionam. Mas,
como não se pode
esquecer, a televisão
com tela finíssima e
gigantesca para a
satisfação dos seus
egos. Porém, ao chegar
nas praças públicas,
onde a população em
geral busca
ter um momento de lazer,
relaxamento, muito pelo
contrário, carecem de
todo e qualquer tipo de
infraestrutura mínima.
Não há meios que possam
repelir o tédio,
trabalhar a sua forma,
afinal, nem todos podem
ir à academia. As
crianças brincam entre a
calçada e as poucas
árvores que ainda restam
no miolo da praça. Quais
são os projetos caros
gestores, uma vez que
nem sempre o orçamento
deve ser milionário, ou
toda prefeitura deve
realizar obras com oito
dígitos?
Ao falar dos quartos,
normalmente você busca
refletir o verdadeiro
acolhimento dos seus
residentes, logo, o
acesso a eles é pensado
tanto quanto o próprio
espaço de repouso. Mas é
neste momento que dou
especial atenção quando
nos reportamos a uma
cidade. Como estão os
acessos as residências
dos seus munícipes? Como
está calçamento? Como
está a iluminação
pública? Como está o
acesso a água da
população em geral?
O que falar a respeito
da unidade de
armazenamento,
processamento e produção
alimentar de uma
residência, a cozinha?
Normalmente os seus
proprietários equipam
com o que há de melhor,
afinal, não só quer se
alimentar muito bem como
deseja ter o que garante
comodidade em seus
processos. Muito bem,
quais é a região da
cidade onde estão
concentrados os
principais restaurantes,
bares, pizzarias,
churrascarias,
lanchonetes e padarias?
Quais são as vocações
culinárias da cidade?
Qual é o prato típico da
cidade? Há negócios
instalados no território
e o gestor da cidade não
tem essas informações?
Porque muitos gestores
públicos não conseguem
identificar por meio dos
instrumentos que a
prefeitura dispõe as
vocações econômicas da
sua cidade? Porque
muitos gestores não
sabem ou não se
interessam em saber, o
que se produz na
agricultura,
agropecuária, no setor
de serviços, no comércio
ou mesmo, na indústria,
caso, possua? Mas, não
basta saber e não ter os
meios que garantam o
crescimento e o
amadurecimento desses
setores econômicos, ou
ainda, não ter a visão,
o interesse e o
comprometimento. Como
pode pensar e agir sem
estar persuadido dos
seus reais compromissos
e valores fundamentais
na gestão pública?
Uemerson Florêncio –
(Brasileiro)
Empreendedor. Treinador,
palestrante e
correspondente
internacional de opinião
para 5 países de língua
portuguesa na África
(São Tomé e Príncipe,
Cabo Verde, Moçambique,
Guiné Bissau e Angola),
4 países de língua
espanhola (Argentina,
Uruguai, Peru e Espanha)
e Estados Unidos, onde
expõe sobre a análise da
linguagem corporal,
gestão da imagem,
reputação e crises.
Criador do método
pentágono da
comunicação. Gestor de
conteúdo do site da
empresa Conceito
Treinamentos no Brasil.
Por Uemerson Florêncio
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