Portugal pôs-se do "lado
certo da História", diz
Presidente de São Tomé e
Príncipe
![](vs181.1.jpg)
26.04.2024 -
Caros Vila Nova, que
intervinha na sessão
comemorativa do 50.º
aniversário do 25 de
Abril de 1974, com os
chefes de Estado de
Portugal e das antigas
colónias portuguesas,
cuja independência
esteve ligada ao 25 de
Abril, salientou que se
comemora “um evento
marcante que transcende
e ressoa profundamente
na consciência coletiva
de muitas nações”.
“Marcou um momento
crucial na historia, não
apenas para Portugal mas
também para as colónias
portuguesas em África”,
acrescentou.
A sessão comemorativa do
50.º aniversário
decorreu no Centro
Cultural de Belém e foi
presidida pelo
Presidente português,
Marcelo Rebelo de Sousa,
com as presenças também
do presidente da
Assembleia da República,
José Pedro Aguiar-Branco,
e dos chefes de Estado
de Angola, João
Lourenço, Cabo Verde,
José Maria Neves, da
Guiné-Bissau, Umaro
Sissoco Embaló, de
Moçambique, Filipe Nyusi,
e de Timor-Leste, José
Ramos-Horta.
“Devemo-nos vergar em
profundo respeito pelas
vitimas do regime
ditatorial que, com o
seu inconformismo
revolucionário, foram
capazes de legar-nos o
bem maior que é a
liberdade e a vivência
em democracia”,
destacou.
Para as gerações
futuras, defendeu, é
importante “lutar pela
imunização da democracia
e das suas
instituições”,
adiantando ser
“obrigação” deixar-lhes
“esse imenso património
material da nossa
civilização”.Carlos Vila
Nova fez um paralelismo
entre a luta armada dos
movimentos de libertação
nas ex-colónias com a
revolução que derrubou a
ditadura.
“Muitos advogam e parece
ser-lhes dada razão que
a liberdade advinda com
a revolução de 25 de
Abril é tributária em
larga medida dos
movimentos de
libertação”, disse.
Em
seguida, o Presidente
são-tomense destacou a
criação da Comunidade
dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP),
conduzidos os países
lusófonos “de um passado
longínquo à comunidade
de países com uma língua
comum, com a sua sede em
Lisboa”.“Por tudo isso,
podemos afirmar sem
reservas que são mais
avultados os traços que
nos aproximam que
aqueles que nos
distanciam”, frisou.
“Trabalhemos juntos para
construir um futuro onde
cada cidadão,
independentemente da
raça, etnia ou origem
possa desfrutar dos
plenos direitos e
oportunidades prometidos
pela independência”,
defendeu.
Carlos
Vila Nova encerro a sua
intervenção pedindo que
“o espírito da Revolução
dos Cravos implica a
ingente necessidade,
solidariedade e
prestação de apoio aos
povos que ainda se
debatem com a agressão e
a imposição dos mais
fortes, num mundo onde
alguns julgam ter mais
direitos do que outros e
onde o direito
internacional parece não
ter força suficiente
para resolver as
complexas questões
emergentes” dos tempos
atuais.
Por: Sapo24
![](http://jornaltransparencia.st/bakck_home.gif)