As formações vão decorrer na Rede Nacional de Incubadoras e Aceleradoras de Negócio (REINA) na sequência de um acordo de nove meses assinado hoje com o Instituto Marquês de Valle Flôr (IMVF), enquanto entidade responsável pela implementação do PAFAE.

“Este é um momento especial, pois marca o início de uma parceria estratégica entre duas entidades que têm como objetivo comum apoiar e impulsionar o empreendedorismo dentro das fileiras agrícolas no nosso país”, disse o diretor do empreendedorismo de São Tomé e Príncipe, Admilton Teixeira, que rubricou o documento pela parte são-tomense.

Teixeira disse acreditar “que o empreendedorismo é um dos motores de desenvolvimento económico e social e a agricultura tem um papel fundamental neste processo”, permitindo “criar novas oportunidades de negócio, gerar emprego e contribuir para o crescimento sustentável” das comunidades rurais. “Este acordo é um passo importante para fortalecer o ecossistema empreendedor no setor agrícola”, disse o diretor do empreendedorismo.

O representante do IMVF em São Tomé e Príncipe, António Lima, acrescentou que o acordo também vai “criar condições para que empreendedores jovens e mulheres possam usar de forma mais adequada as subvenções que lhes serão direcionadas para a realização de projetos de desenvolvimento”, defendendo que “é necessário saber fazer para que haja sustentabilidade do negócio”.

“A agricultura e o desenvolvimento rural constituem setores de elevado interesse para a cooperação portuguesa que reconhece, juntamente com a União Europeia, a importância de fortalecer a economia de São Tomé e Príncipe promovendo a criação do emprego no país, através das fileiras agrícolas de exportação e a consequente geração de rendimentos para as comunidades rurais”, referiu a representante da cooperação portuguesa, Inês Serrano.

Em nota de imprensa, o PAFAE refere que o concurso para atribuição de subvenções a atividades geradoras de rendimentos decorreu entre agosto e outubro e priorizou propostas apresentadas por mulheres e jovens são-tomenses.

As candidaturas de negócios apresentadas foram ligadas ao setor agrícola, ou para reforço de negócios já existentes através da aquisição de máquinas, equipamentos, insumos e materiais e, ainda, para a realização de pequenas obras nos locais e nas infraestruturas de produção. Com a formação, pretende-se promover a inovação ao nível da produção, transformação e comercialização, tanto das culturas de exportação (cacau, café e pimenta), como de outras culturas, criando alternativas inovadoras para a geração de rendimento de famílias, particularmente jovens e mulheres, das zonas rurais do país.