30.12.2013 -
São Tomé,
30/12 - A
governadora
do Banco
Central de
São Tomé e
Príncipe,
Maria do
Carmo
Silveira,
afirmou
nesta
segunda-feira
que as
fragilidades
económicas
do
arquipélago
"são
profundas" e
que o país
vive uma
"incapacidade
crónica de
gerar
receitas
suficientes
para cobrir
as
despesas".
No habitual
balanço
económico do
ano, a
governadora
mostrou-se
particularmente
preocupada
com a
situação em
2013, já que
o país
apostava na
exploração
de petróleo
para
aumentar as
receitas
próprias,
uma
expectativa
que foi
reduzida com
o anúncio da
saída da
empresa
francesa
Total do
bloco 1 de
exploração,
noticia a
LUSA.
Por tudo
isso, o país
está
colocado
numa
permanente
dependência
em relação a
financiamento
externo,
refere a
governadora,
que se
mostra
preocupada
com a
conjuntura
"bastante
adversa" no
plano
internacional,
a que se
junta uma
actividade
económica no
país somente
"moderada".
No entanto,
para 2014,
segundo a
governante,
as primeiras
expectativas
apontam para
um
crescimento
do produto
interno
bruto (PIB)
de 04
porcento.
Mesmo assim,
Maria do
Carmo
Silveira
considera
"digno de
realce" o
facto de a
economia ter
evoluído no
sentido de
maior
equilíbrio
macro-económico.
Atribui a
esse facto o
esforço da
consolidação
orçamental e
a
consolidação
do
abrandamento
sustentado
da cadência
inflacionária.
"Apesar da
relativa
escassez de
financiamento
externo,
registou-se
um
substancial
reforço das
reservas
cambiais que
alcançaram
um nível
próximo de
seis meses
de
importações",
acrescentou
Maria do
Carmo
Silveira
para quem
este valor
representa
"mais
elevado dos
últimos três
anos".
"Este
fortalecimento
das reservas
merece
especial
destaque,
dada a
importância
que
desempenha
na
consolidação
do regime
cambial da
taxa fixa ao
euro",
explicou a
governadora
do Banco
central de
São Tomé e
Príncipe.
Em 2013, o
sistema
financeiro
do
arquipélago
caracterizou-se
pela
"estagnação
dos activos,
incluindo o
crédito a
economia e
por níveis
elevados de
crédito em
incumprimento".
O crédito à
economia
atingiu
apenas 34
porcento do
PIB contra
os 41
porcento
registados
em 2010. Por
causa disso,
os bancos
estão a
promover uma
restrição no
crédito.
|