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Três novos partidos legalizados em São Tomé concorrem nas eleições este ano

São Tomé, 09 abr (Lusa) - Três novos partidos vão concorrer às eleições autárquicas e legislativas em São Tomé e Príncipe previstas para os meses de julho e agosto deste ano, afirmou à Lusa fonte do Tribunal Constitucional, onde já se legalizaram.

Partido de Estabilidade e Progresso Social (PEPS), Plataforma Nacional para o Desenvolvimento (PND) e Movimento Unido para o Desenvolvimento de São Tomé e Príncipe (MUD-STP) são os três novos partidos que surgiram, totalizando 13 as formações politicas que poderão disputar os próximos escrutínios.

O PEPS foi criado pelo antigo primeiro-ministro e presidente do MLSTP-PSD, Joaquim Rafael Branco, que já se encontra no terreno em movimentações políticas.

Rafael Branco tornou-se dissidente do MLSTP há cerca de três meses, depois de no programa "Cartas na Mesa", da televisão pública do arquipélago (TVS), se ter insurgido contra a nova direção dos sociais-democratas eleita no congresso que se seguiu à sua derrota, enquanto líder deste partido, nas eleições legislativas de 2010, ganhas pela Acção Democrática Independente, (ADI).

Acusou a direção do MLSTP-PSD de estar "afastada das bases" e não poupou críticas ao atual presidente, Jorge Amado, que diz não ter "carisma de líder".

"Com este presidente (Jorge Amado) e esta direção, o MLSTP não ganhará as próximas eleições", garantiu Rafael Branco durante o programa.

Em comunicado distribuído no último fim de semana, a comissão política do MLSTP anunciou que vai expulsar Rafael Branco das fileiras do partido depois da conclusão de um processo disciplinar em curso.

No comunicado acusa-se Rafael Branco de estar a realizar reuniões "em todos os lados, criticando de forma grosseira a direção do partido e promovendo abaixo-assinados com objetivo de denegrir a imagem da direção nacional do MLSTP-PSD e do seu presidente".

A Plataforma Nacional de Desenvolvimento (PND), segundo fonte do Tribunal Constitucional, tem como líder António Quintas Aguiar, outro dissidente do MLSTP que nas últimas legislativas fez campanha para a ADI no distrito de Mé Zochi, o segundo maior do país.

António Quintas Aguiar é um comerciante de materiais de construção civil e de canalização.

O MUD-STP é, por seu lado, um movimento cívico que tem a frente figuras como Filinto Costa Alegre e João Gomes.

Filinto Costa Alegre é assessor jurídico do Banco Central, dissidente do Partido de Convergência Democrata do qual foi um dos fundadores e ex candidato as presidenciais nas eleições de agosto 2011.

João Gomes é empresário no ramo hoteleiro e comércio. É proprietário de uma das principais residenciais da capital (Residencial Avenida) e representante de marcas de eletrodomésticos.

Há cerca de 10 anos já havia fundado outro movimento cívico, Geração Esperança cujos principais autores encontram-se todos atualmente no partido ADI.

Com 13 formações politicas a concorrer às próximas autarquias e legislativas, prevê-se grande dispersão de votos entre os principais partidos da cena política são-tomense, nomeadamente o MLSTP-PSD e a ADI.

MYB // APN

São Tomé, São Tomé e Príncipe 09/04/2014 12:17 (LUSA)

 

 


 

 

 

 

 

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