03.01.2014
- O ministro
da Saúde e
Assuntos
Sociais,
Leonel
Pontes,
anunciou
nesta
quinta-feira
a sua
demissão do
cargo que
ocupa há
pouco mais
de um ano.
Em
declarações
aos
jornalistas,
Leonel
Pontes
justificou a
sua decisão
com a
necessidade
de
"estabilidade
política e
superiores
interesses
da nação".
A decisão de
se demitir
do cargo
surge poucas
horas depois
de o ADI
(Acção
Democrática
Independente)
ter apontado
o ministro
como estando
envolvido
num caso de
abuso no uso
de dinheiros
públicos,
utilizando
fundos de
Taiwan
postos à
disposição
do seu
ministério.
Segundo o
ADI Digital,
órgão de
informação
do partido,
o ministro
Leonel
Pontes
utilizou
para seu
proveito 700
dólares
norte-americanos,
dando ainda
outros mil
dólares à
sua mulher e
a um irmão,
que reside
em Angola.
Esta verba
era
atribuída
para
subsídios de
função, cujo
pagamento
não estava
contemplado
no orçamento
da tutela.
O governante
admitiu o
uso do
dinheiro em
causa, mas
rejeitou
qualquer
ilegalidade,
já que a
legislação
não impede a
contratação
de pessoas
com "laços
de
consanguinidade"
para
"prestar
serviço a um
determinado
ministério,
a pedido do
titular".
Essas verbas
visaram o
"pagamento
de serviços
a terceiros
que não têm
nada a ver
com o
ministério",
sem que
constituísse
um "processo
oneroso para
o Estado".
Em 2013, foi
feita uma
"gestão
criteriosa,
transparente
e
responsável"
dos fundos
do
ministério,
assegurou
Leonel
Pontes.
A demissão
de Leonel
Pontes do
cargo de
ministro da
Saúde e
Assuntos
Sociais
acontece
poucos dias
depois de os
três
partidos que
sustentam o
actual
governo
terem
anunciado
uma
remodelação
governamental
para este
mês.
Num
comunicado
distribuído
à imprensa,
o MLSTP-PSD,
O PCD e o
MDFM-PL
asseguram
que se trata
de uma
remodelação
acertada já
com o
primeiro-ministro
Gabriel
Costa,
sublinhando
que ela tem
por
objectivo
"imprimir
maior
dinamismo na
actual
governação".
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