Angolana Etu Energias
quer produzir 50 mil
barris
de petróleo por dia até
2025

11.05.2023 -
A
Etu Energias, a antiga
Somoil que é a maior
companhia petrolífera
privada angolana,
planeia aumentar a
produção para 50 mil
barris por dia até 2025,
na sequência da compra
de blocos à Galp e à
TotalEnergies, anunciou
a lusa.
"O nosso
objetivo é ser um
operador excecional nas
águas profundas", disse
o diretor executivo da
petrolífera, Edson dos
Santos, em entrevista à
agência de informação
financeira Bloomberg, na
qual explicou que,
depois da aquisição de
vários blocos
petrolíferos à
portuguesa Galp e à
francesa TotalEnergies,
a estratégia de
crescimento faseado
assenta na utilização de
novas tecnologias de
perfuração.
A Etu
Energias, a antiga
Somoil Petrolífera
Angolana, está em
conversações que "estão
a correr muito bem" com
vários bancos europeus e
africanos para garantir
o financiamento
necessário para mais
aquisições, acrescentou
o diretor executivo,
escusando-se a nomear os
bancos e as possíveis
futuras aquisições.
A
produção, aumentando a
capacidade atual e
juntando novos ativos,
pode chegar aos 100 mil
barris diários até 2030,
face aos 20 mil atuais,
disse ainda Edson dos
Santos, admitindo, ainda
assim, que "a companhia
acredita que ainda tem
um longo caminho a
percorrer até atingir os
seus objetivos".
As
declarações do diretor
executivo da Etu
Energias surge na mesma
altura em que o setor
petrolífero angolano
interrompeu o ciclo de
crescimento dos últimos
três trimestres e
contraiu 5%, em
resultado do declínio da
produção e da paragem
para manutenção do campo
petrolífero Dália, no
Bloco 17, o maior de
Angola.
De acordo
com as previsões do
gabinete de estudos
económicos do Banco
Fomento Angola, a
produção de petróleo,
face à queda na produção
e tendo em conta que não
estão previstos novos
grandes projetos de
investimento este ano,
deverá cair em torno de
6 a 8% em 2023, com a
quebra nas receitas de
exportação a sinalizar
uma futura pressão no
mercado cambial.
“Para já,
os dados da OPEP
(Organização dos Países
Exportadores de
Petróleo) demonstram que
no primeiro trimestre de
2023 a produção
petrolífera fixou-se em
torno dos 1,07 milhões
de barris dia (mbd),
perfazendo uma contração
homologa de 7,2%; por
outro lado, os dados das
exportações petrolífera
indicam uma quebra
homóloga de 6,6%.
Ou seja,
o PIB Petrolífero poderá
ter caído numa magnitude
similar no primeiro
trimestre de 2023”,
refere a folha
informativa divulgada
este mês.