
03.04.2023 - Bruno Lima,
o único sobrevivente que
fazia parte dos quatros
invasores ao Quartel das
Forças Armadas, revelou
segredos do Golpe de
Estado, e reclama a sua
inocência. Um vídeo
capturado nas
instalações da
penitenciaria de São
Tomé e que circula nas
redes socias em que o
recluso Bruno Lima,
vulgo Lucas, fala em
primeira pessoa do seu
envolvimento neste caso,
explica entre linhas
como chegou ao quartel
do Morro.
Lucas
conta que “foi forçado a
entrar no carro” por
quatro velhos amigos, no
bairro do hospital, na
noite de sexta-feira,
onde teria saído de casa
após um desentendimento
com a sua esposa para se
divertir na “noite
jovem”.
Recluso Bruno Lima,
vulgo Lucas abre o jogo
e diz que foi coagido a
ir para o Quartel das
Forças ArmadasProsseguiu
dizendo que “de tanta
insistência os quatro
indivíduos” lhe
obrigaram a dirigir a
viatura até as
imediações do quartel,
lugar onde segundo
explico ter começado o
massacre.“Eu sofri
demais. Bateram-me com
bico da arma por trás da
coluna.
Chutaram-me pior do que
uma bola. Deram-me muita
purrada. Na casa de
Arlecio Costa ao subir a
carinha o quando subi os
carros pontearam-me e
atingiu-me no testículo.
Agente da polícia
portuguesa quando chegou
confirma o estado do meu
testículo.”
Segundo ele os
maus-tratos começaram
nas medicações do
quartel e já dentro das
instalações aumentaram o
nível de tortura. Lucas,
diz que é “inocente” não
obstante ter confessado
a sua inocência durante
o interrogatório no
quartel os maus-tratos
continuaram de forma
insistente e
demorada.“Quando eu
apanhei essa pancada,
estive a sangrar
Virgílio perguntou
bateram ele porquê
outras pessoas que vocês
já foram buscar se ele
está a colaborar estão a
batê-lo porquê. Qual é o
vosso objetivo que eu
não sei”?
Lucas
é uma das figuras chave
no processo de Subversão
da Ordem Constitucional
registada na madrugada
do dia 25 de novembro em
São Tomé e Príncipe.Um
caso que há quatro meses
tem concentrado atenções
da população de São Tomé
e Príncipe em geral e da
classe política em
particular.