Escola Hoteleira
desmente queixas dos
alunos
de São Tomé e Príncipe

30.03.2023 - Foi numa
conferência de imprensa,
ao início desta tarde,
que o corpo directivo da
Escola de Hotelaria e
Turismo da Madeira
desmentiu as denúncias e
queixas feitas nos
últimos dias pelos
alunos de São Tomé e
Príncipe que estudam na
Região ao abrigo de um
protocolo entre este
estabelecimento de
ensino e o Governo
são-tomense.
Tanto
João Pedro Entrudo,
administrador do grupo
CELFF, como Rui Gomes,
director pedagógico da
'Escola Hoteleira',
negaram que os alunos em
questão estejam a fazer
mais se 35 horas de
formação por semana ou
que algum deles esteja a
trabalhar, situação que
configuraria ser
excluído do projecto.
Negam, também, que não
esteja a ser
providenciada a
alimentação adequada e
necessária, tendo em
conta o que está
estipulado, nomeadamente
três refeições diárias
(pequeno-almoço, almoço
e jantar). O alojamento
apresenta as condições
"perfeitamente
satisfatórias",
referiram numa
conferência que se
prolongou por mais de
uma hora.
Nas
informações prestadas,
os responsáveis da
escola garantiram que a
instituição não recebe
qualquer valor além do
adstrito ao
financiamento da União
Europeia, colocando de
parte o pagamento de
qualquer quantia por
parte dos governos
regional ou de São Tomé,
ou mesmo por parte dos
alunos, inclusivé no que
concerne ao alojamento
quando este acontece nas
unidades hoteleiras.
O
responsáveis pelo
estabelecimento de
ensino afirmaram que
alguns alunos têm tido
comportamentos marcados
pelo "excesso", indo
além do que é aceitável
num espaço educativo, e
que vai contra o que
está estipulado no
regulamento interno e do
dormitório. Assumiram,
ainda, que os alunos têm
praticado
deliberadamente a
destruição de alguns
móveis e estruturas da
residência e nem sempre
cumprem com o plano de
limpeza definido.
A par
disso, no grupo de cerca
de 70 alunos que terá
chegado no presente ano
lectivo, muitos têm tido
dificuldade de
adaptação, situação que
impulsionou a
manifestação de ontem,
que, disse Rui Gomes,
terá tido na sua origem
não mais de uma dúzia de
alunos.
Este tipo
de atitudes que
"prejudicam claramente
este projecto" foram,
acima de tudo,
condenadas pelos
responsáveis da Escola
Hoteleira, que
reforçaram a ideia de
que os problemas são
pontuais e muito
residuais para o
universo de mais de 300
que a escola acolhe,
entre madeirenses e
estrangeiros.
Quanto ao
futuro do projecto e dos
próprios alunos, no
âmbito desta formação,
Rui Gomes e João Pedro
Entrudo recusaram, para
já, tecer qualquer
consideração ou
esclarecer se se mantém
com o CELFF ou com a
Escola Hoteleira, uma
vez que o
estabelecimento passará
para a esfera pública no
próximo ano lectivo, com
já anunciado fim da
concessão por parte do
Governo Regional.
Por:
Marco Livramento