FMI aponta para uma
aceleração do crescimento
económico no arquipélago
24.04.2018 -
O relatório não apresenta
previsões para São Tomé e
Príncipe, mas as do Fundo
Monetário Internacional
(FMI) apontam para uma
aceleração do crescimento
económico no arquipélago – o
mais recente membro do Fórum
Macau, depois de ter
estabelecido relações
diplomáticas com a China –
de 5% em 2017 para 5,5% em
2018.
Segundo o relatório, Cabo
Verde e Guiné-Bissau deverão
registar um crescimento
económico acima da média
regional e global em 2018,
de acordo com o Banco
Mundial, que reduziu
significativamente as
previsões de crescimento
para Moçambique, elevando-as
para Angola.
O relatório “Perspectivas
Económicas Globais”,
divulgado recentemente em
Washington pelo Banco
Mundial, afirma que o
crescimento económico na
África a sul do Sara deverá
manter uma trajectória de
aceleração em relação a 2017
(2,4%), para 3,2% este ano –
ligeiramente acima da média
global (3,1%).
As mais recentes estimativas
do Banco Mundial revêem em
alta de 0,4 pontos
percentuais o crescimento
económico na Guiné-Bissau em
2017, para 5,5%.
A economia guineense deverá
crescer este ano 5,2%,
acelerando para 5,4% no
próximo ano, o ritmo de
crescimento mais elevado
entre os países africanos de
língua portuguesa.
Cabo Verde viu o crescimento
do ano passado revisto em
alta de 0,2 pontos
percentuais, para 3,5%,
prevendo o Banco Mundial uma
aceleração para 3,6% este
ano e 3,8% em 2019 e 2020.
Angola foi, entre os países
africanos de língua
portuguesa, aquele que
registou uma mais acentuada
melhoria de perspectivas de
crescimento económico em
2018, com uma revisão em
alta de 0,7 pontos
percentuais, para 1,6%,
devido a uma “transição
política de sucesso”, com
impacto na “possibilidade de
reformas que melhorem o
ambiente de negócios”, de
acordo com o Banco Mundial.
“A região deve assistir a
uma subida da actividade
[económica] durante o
horizonte das previsões,
alicerçada na consolidação
dos preços das
matérias-primas e no
fortalecimento gradual da
procura interna”, adianta.
Para 2019 e 2020, o Banco
Mundial prevê um crescimento
de 1,5% para a economia
angolana, fortemente
dependente da produção de
petróleo, cujos preços têm
vindo a subir
significativamente nos
últimos meses.
No sentido inverso, a
economia moçambicana foi
alvo de uma forte revisão em
baixa pelo Banco Mundial –
menos 2,9 pontos percentuais
este ano, para 3,2%,
ligeiramente acima dos 3,1%
de 2017 (revisão em baixa de
1,7 pontos percentuais).
“Os custos de serviço da
dívida continuaram
insustentáveis em Moçambique
e no Chade, salientando a
necessidade de os governos
nestes e noutros países de
baixo rendimento manterem os
seus esforços de mobilização
da receita interna e de
racionalização da despesa
pública”, refere o
relatório.
Para 2019, o crescimento
previsto para a economia
moçambicana é de 3,4%, uma
revisão em baixa de 3,3%,
nível que deverá manter-se
em 2020, segundo o Banco
Mundial.
Fim/JT/STP
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