Processo judicial da Rosema
não atrapalha relações entre
Angola e STP
24.04.2018 -
O novo embaixador angolano
em São Tomé afirmou
recentemente que o processo
judicial da cervejeira
Rosema não vai atrapalhar as
relações diplomáticas entre
Angola e São Tomé e
Príncipe, tendo considerado
“uma questão do fórum
judicial”.
Joaquim Duarte Pombo fez
estas declarações a saída de
uma audiência, no Palácio
Presidencial em São Tomé,
após a entrega de cartas
credenciais ao Chefe de
Estado são-tomense, Evaristo
Carvalho.
Duarte Pombo, no âmbito de
sua acreditação no país,
realizada na manhã de hoje,
numa cerimónia oficial no
Palácio Presidencial recebeu
antes, honras militares de
uma companhia das Forças
Armadas, através de
militares do Exército e da
Marinha.
Após a cerimónia,
Duarte Pombo entregou cartas
que o acredita como
Embaixador Extraordinário e
Plenipotenciário de Angola
ao Presidente da República
de São Tomé e Príncipe e
reuniu-se em privado com
este durante mais de meia
hora. A cerimónia decorreu
no Salão Nobre do Palácio
Presidencial e durante o
qual, o diplomata angolano
cumprimentou separadamente
os funcionários da
Presidência da República
assim como alguns membros do
Governo presentes.
Dos membros do Governo
sublinha-se a presença do
ministro dos Negócios
Estrangeiros, Cooperação e
Comunidades, Urbino Botelho,
Marcelino Sanches “Chalino”,
da Juventude e Desportos e
Arlindo Ramos, da Defesa e
Administração Interna,
respectivamente.
A saída da audiência
presidencial, o diplomata
angolano que substitui no
cargo, Alfredo Mingas
(actual Comandante-Geral da
Polícia de Angola), disse à
imprensa que discutiu com o
Chefe de Estado “o reforço
de relações bilaterais”.
Confirmou, a uma pergunta de
um Jornalista que “fantasma
de Rosema” (cervejeira em
diferendo em São Tomé e
Príncipe, envolvendo o
empresário angolano, Melo
Xavier e o cidadão
são-tomense “Nino”
Monteiro), “não vai
atrapalhar as relações entre
Luanda e São Tomé”.
Explicou também, que
“trata-se de um dossier que
está entregue a justiça, e
deixemos que a justiça faça
o seu trabalho”. Pontuou,
que “as relações entre são
Tomé e Príncipe e Angola são
normais e são relações entre
dois Estados Soberanos”.
Ainda no âmbito de relações
com Angola e São Tomé e
Príncipe, assegurou que
interessa a parte angolana o
reforço de relações
bilaterais nas áreas de
“agricultura, empresarial,
turismo e comércio”.
Assegurou igualmente, que
vem [a São Tomé] para dar
continuidade “ao bom
trabalho do meu antecessor,
Alfredo Mingas”, enaltecendo
que “Angola e São Tomé e
Príncipe são dois Estados
irmãos e que mantemos laços,
inclusive de
consanguinidade”.
Recorde-se que São Tomé e
Príncipe e Angola
desenvolvem relações desde
1975, data em que ambos
países ascenderam a
Independência de Portugal.
As relações entre Luanda e
São Tomé, além de
combustível da Sonangol
[empresa angolana] que
garante luz eléctrica e
outros serviços ao
arquipélago de São Tomé e
Príncipe, elas são sentidas
em todos os sectores e
Angola acolhe no seu solo a
maior colónia de emigrantes
são-tomenses no Mundo.
Duarte Pombo, recorde-se que
foi o primeiro de três
Embaixadores acreditados na
manhã de hoje, em São Tomé,
seguindo-lhe a de Filipina e
o da Suíça.
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