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São Tomé e Príncipe aguarda marcação da segunda

volta das eleições presidenciais

17.08.2021 - Esta terça-feira é aguardada com expetativa uma decisão dos deputados do parlamento são-tomense sobre a marcação de uma data para a realização da segunda volta das eleições presidenciais de 18 de julho.

A comissão permanente reuniu-se e decidiu agendar uma sessão plenária para terça-feira 17, com vários pontos na agenda, uma delas a marcação da segunda volta das presidenciais que vai ser disputada por Carlos Vila Nova, apoiado pelo ADI e Pósser da Costa, apoiado pelo MLSTP-PSD.

Muitos cidadãos contactados pelo Vitrina consideram que “o arrastar do tempo” fez com que “a segunda volta perdeu graça”. Mas outros também defendem ser necessário realiza-la “bem ou mal para definir isto e fazer o país retomar o seu curso normal. O país está parado”.

Outro assunto aguardado pelos cidadãos é o decreto presidencial que exonera o Ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sacramento e Sousa. Óscar Sousa foi acusado pelo ADI de tentativa de Golpe de Estado e pediu a sua demissão “imediata e incondicional”.

O primeiro ministro Jorge Bom Jesus pediu ao presidente da República, Evaristo Carvalho a demissão do ministro em causa, em carta datada de sexta-feira 13, mas até metade do dia desta segunda-feira o Decreto Presidencial não foi tornado publico.

Numa comunicação a Nação, Jorge Bom Jesus anunciou que reuniu com os partidos políticos com assento parlamentar para “os informar da situação política interna” dos últimos dias, lembrando-os que “a paz é bem inestimável, um recurso a preservar e constitui imagem de marca de São Tomé e Príncipe, sem esquecer a estabilidade política e governativa”.

Referiu que o seu governo “continuará a honrar o seu juramento perante a Constituição e o povo”, reafirmando que o executivo “pautará a sua atuação na base da legalidade, da verdade, da liberdade, do bem-estar e do desenvolvimento do povo são-tomense”.

Jorge Bom Jesus considerou a conjuntura atual do país como “deveras delicado”, marcada por uma eleição presidencial de “grande tensão”, garantindo, entretanto, que “tudo será feito pelo governo em colaboração com outros órgãos de soberania para dignificar a imagem do Estado, zelar pelo pleno funcionamento das instituições democráticas, assegurar a paz social, a proteção do cidadão, bem como a rápida conclusão do processo eleitoral em curso”.

Na carta de pedido de demissão do ministro da defesa e ordem interna que Jorge Bom Jesus enviou a Evaristo Carvalho, o governante justificou-se com “estranhas movimentações de certas pessoas” e “rumores sobre uma alegada tentativa de subversão da ordem constitucional”. O primeiro ministro diz, por isso, que é necessário “recolher e filtrar informações credíveis”, sendo necessário promover a abertura de um inquérito para o “esclarecimento de algumas situações de modo a assacar eventuais responsabilidades no sentido de garantir a integridade, a autoridade e a perenidade do Estado são-tomense”.

A justificação sobre o atraso na divulgação do decreto presidencial para a exoneração do Ministro da Defesa e Ordem Interna, pedida pelo primeiro ministro pode ter a ver com o facto de o chefe de Estado, Evaristo Carvalho, ter ficado doente e internado de emergência, no sábado, no Hospital Ayres de Menezes, onde foi submetido a uma cirurgia por causa de uma hérnia.

No entanto, o país continua em suspense, a espera da data da segunda volta das eleições e do decreto presidencial para exonerar o ministro da defesa e ordem interna, que fontes familiares e militares garantem ter perdido “o pleno uso da sua faculdade mental”.

Fim/MB

 

 

 

 

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