Eleições em STP: Carlos
Vila Nova e Posser da
Costa
disputam segunda volta
20.07.2021 -
Carlos
Vila Nova e Guilherme
Posser da Costa passaram
à segunda volta das
presidenciais em São
Tomé e Príncipe, que
deverá realizar-se a 8
de agosto, após o pleito
de domingo (18.07).
Segundo os resultados
provisórios, anunciados
esta segunda-feira
(19.07) pela Comissão
Eleitoral Nacional (CEN),
Carlos Vila Nova,
apoiado pela Ação
Democrática Independente
(ADI, oposição) foi o
candidato mais votado,
com 39,47% (32.022
votos), seguido de
Guilherme Posser da
Costa (Movimento de
Libertação de São Tomé e
Príncipe – Partido
Social Democrata, no
poder), com 20,75%
(16.829 votos).
Os dados foram hoje
anunciados pelo
presidente da CEN,
Fernando Maquengo, na
sede deste organismo, na
capital são-tomense,
numa declaração em que
se limitou a indicar os
resultados de cada um
dos 19 candidatos às
presidenciais deste
domingo, sem direito a
perguntas da imprensa.
Em terceiro lugar ficou
Delfim Neves, presidente
da Assembleia Nacional e
apoiado pelo Partido da
Convergência Democrática
(no poder), com 16,88%
(13.691 votos), que já
anunciou que vai
contestar os resultados
por "fraude massiva".
Momentos antes da
divulgação dos
resultados, Carlos Vila
Nova reivindicou a
vitória, alertando para
a possibilidade de
fraude eleitoral: "Não
disse que não aceitaria.
Disse que são os nossos
dados. O facto de a
Comissão Eleitoral não
se pronunciar,
coloca-nos na posição de
afirmar que os nossos
dados são os corretos",
referiu.
O candidato Delfim
Neves, que dados
preliminares colocam em
terceiro lugar após a
votação de domingo,
afirmou esta
segunda-feira que houve
"fraude massiva” e que
vai contestar os
resultados. "Houve
fraude massiva. Vamos
contestar os resultados.
O que estamos a fazer
num primeiro momento é
solicitar a recontagem
dos votos [nas mesas]
onde não estamos
representados", disse
hoje Delfim Neves, em
conferência de imprensa
na sede de candidatura,
na capital são-tomense.
"Os resultados que estão
nas atas não
correspondem ao que está
no interior das urnas.
Nós vamos introduzir
este pedido para que
haja uma resposta clara
sobre esta situação",
afirmou. Em causa estão
as mesas onde a
candidatura de Delfim
Neves não estava
representada - por lei,
cada mesa pode ter até
cinco representantes, um
por candidatura. Uma vez
que nesta eleição havia
19 candidatos, a sua
candidatura apenas teve
representantes em 84 das
cerca de 300 mesas.
A missão de observação
da Comunidade Económica
dos Estados da África
Central (CEAC) deu nota
positiva pela forma como
decorreram as eleições
em São Tomé e Príncipe.
No entanto, a CEAC
constatou a ausência de
muitos delegados das
candidaturas nas
assembleias de voto. "A
missão notou ainda uma
certa lisura nos
discursos e atos dos
candidatos", referiu
fonte missão de
observação que destacou
ainda o "clima pacífico
em todo o terrotório
nacional".
Mais de
120 mil eleitores foram
chamados às urnas no
domingo para eleger o
próximo Presidente de
São Tomé e Príncipe. Na
disputa estavam 19
candidatos. O quinto
Presidente da República
no regime
multipartidário,
instaurado em 1991,
deverá ser conhecido só
após a segunda volta,
que se deve realizar a 8
de agosto.