21.02.2022 - A primeira 
														formação prática 
														presencial de 30 jovens 
														clínicos gerais 
														guineenses vai começar 
														este mês e conta com a 
														participação de médicos 
														portugueses de Braga e 
														de Guimarães. A formação 
														será dada nos hospitais 
														guineenses de S. José em 
														Bôr, Simão Mendes e 
														Cumura em Bissau, nas 
														áreas de anestesiologia, 
														cirurgia geral, cirurgia 
														ginecológica e medicina 
														interna, numa parceria 
														técnica e científica com 
														a Escola de Medicina da 
														Universidade do Minho. 
														
														Esta primeira formação 
														no terreno, que dura 
														quatro meses, é 
														assegurada por médicos 
														portugueses provenientes 
														de seis hospitais 
														portugueses: Hospital de 
														Braga; Centro Hospitalar 
														do Médio Ave; Centro 
														Hospitalar Tondela-Viseu; 
														Centro Hospitalar 
														Universitário S. João do 
														Porto; Hospital Nossa 
														Sra. da Oliveira, de 
														Guimarães; e Unidade 
														Local de Saúde do Alto 
														Minho. 
														
														No total, a formação em 
														contexto hospitalar tem 
														a duração de oito meses 
														e é intercalada com um 
														estágio de três meses em 
														Portugal, promovendo a 
														adequação do ensino à 
														realidade vivida no dia 
														a dia na Guiné-Bissau, 
														sem deixar de colocar os 
														médicos em contacto com 
														novas técnicas e outras 
														realidades clínicas. Em 
														2021, a componente 
														teórica da formação 
														decorreu online, durante 
														quatro meses, nas áreas 
														da língua portuguesa e 
														informática médica. 
														
														O projeto prevê que os 
														médicos - que se estima 
														que representem 8% dos 
														existentes no país - 
														possam continuar a 
														prestar os cuidados de 
														saúde em simultâneo com 
														a formação. Apesar de 
														não conferir grau nem 
														título de especialista, 
														este projeto reforça a 
														capacidade local de 
														formação contínua e 
														reconhece a competência 
														dos clínicos guineenses, 
														abrindo portas a futuras 
														formações de 
														especialização, numa 
														articulação com a Ordem 
														dos Médicos da 
														Guiné-Bissau e o 
														Ministério da Saúde 
														Pública da Guiné-Bissau. 
														Os médicos beneficiários 
														desta formação são 
														apoiados por dois 
														projetos: IANDA e 
														Formação Médica Avançada 
														em Medicina Interna. 
														
														O projeto “IANDA - 
														reforço de saúde da 
														Guiné-Bissau” engloba 24 
														médicos das áreas de 
														anestesiologia, cirurgia 
														geral e cirurgia 
														ginecológica e é 
														financiado pela União 
														Europeia, cofinanciado e 
														gerido pelo Camões IP, 
														com o cofinanciamento da 
														Fundação Gulbenkian, 
														responsável pela sua 
														implementação. 
														
														O projeto de Formação 
														Médica Avançada em 
														Medicina Interna engloba 
														seis médicos e é um 
														projeto do Camões IP e 
														da Fundação Calouste 
														Gulbenkian e em ambos se 
														conta com a parceria 
														técnica e científica da 
														Escola de Medicina da 
														Universidade do Minho, 
														que em articulação com a 
														Ordem dos Médicos de 
														Portugal, assegura o 
														plano formativo e de 
														estágios do conjunto de 
														30 médicos guineenses em 
														formação. 
														
														A Guiné-Bissau conta 
														atualmente com uma 
														população estimada de 
														1,85 milhões de 
														habitantes, sendo 
														considerado um dos 
														países mais pobres do 
														mundo, ocupando a 
														posição 175 (de 189) no 
														Índice de 
														Desenvolvimento Humano, 
														com uma esperança de 
														vida de 53,8 anos à 
														nascença. Em 2017, a 
														Guiné-Bissau contava com 
														1,27 médicos para cada 
														10 mil habitantes 
														enquanto na região 
														subsaariana de África a 
														média é de 2,09 médicos 
														para 10 mil habitantes..