PR são-tomense quer
aposta na guarda
costeira para travar
ameaças de crimes no
Golfo da Guiné

07.09.2023 -
O
presidente são-tomense
quer uma maior aposta na
Guarda Costeira para
fazer face às ameaças da
pirataria marítima e
outros crimes que
assolam a Zona Económica
Exclusiva do arquipélago
situado no Golfo da
Guiné.
"Os
desafios que nos são
impostos, dada a nossa
condição descontinuada
de ilhas com uma extensa
zona marítima, exige
maior atenção na Guarda
Costeira, pois a
multiplicidade de
ameaças, riscos e de
oportunidades que o mar
apresenta, confronta-nos
com a necessidade de
sermos criativos na
busca de soluções
partilhadas, quer aos
níveis sub-regional,
regional e
internacional", disse
Carlos Vila Nova, no seu
discurso no ato central
dos 48 anos da
institucionalização das
Forças Armadas de São
Tomé e Príncipe (FASTP),
que hoje se assinala.
"Neste âmbito deve ser
prestada atenção aos
desafios que hoje se
colocam à defesa na
nossa zona económica
exclusiva, tais como a
pirataria marítima, o
terrorismo, a pesca
ilegal e não declarada,
o tráfico de drogas,
tráfico de armas e de
seres humanos, a
poluição e outras formas
de ilícitos",
acrescentou o chefe de
Estado são-tomense.
São
Tomé e Príncipe tem uma
Zona Económica Exclusiva
(ZEE) considerada 160
vezes maior que o
território terrestre de
1.001 quilómetros
quadrados. Nos últimos
tempos, a fiscalização
das águas são-tomenses
tem sido realizada com
apoio de navios
portugueses, operados
por guarnições conjuntas
de militares da marinha
de Portugal e de São
Tomé e Príncipe.
Carlos Vila Nova
considerou que a
transformação das FASTP
"é um imperativo", e que
o processo de reforma
estrutural deve
prosseguir, quer em
termos organizativos, de
logística, e na
"capacitação de quadros
garantindo a eficiência
e a eficácia,
perspetivando o êxito
das missões atribuídas".
Na
cerimónia restrita
apenas aos membros dos
órgãos de soberania,
representantes do corpo
diplomático e alguns
convidados, o Presidente
são-tomense referiu os
desafios e as
dificuldades que
"ultrapassam as (...)
reais disponibilidades"
do país, "o que implica
o entendimento e a
convergência de esforços
com a tutela na procura
de soluções".Para o
chefe de Estado, as
Forças Armadas são uma
instituição nacional que
deve "constituir-se como
pilar estruturante do
Estado, devendo ser
consolidadas e
modernizadas".
O
Chefe de Estado Maior
das Forças Armadas
são-tomense afirmou, por
seu turno, que as FASTP
"estão imbuídas de uma
profunda dedicação à
pátria e espírito de
servir com
profissionalismo,
competência, total
disponibilidade e pelo
sentido de
responsabilidade".João
Pedro Cravid acrescentou
que a instituição está
apostada na formação e
treino do seu efetivo
para "enfrentar com
mestria os problemas de
hoje e os desafios do
amanhã", que considerou
de "muito imprevisível".
"Temos trabalhado no
sentido de valorizar,
motivar, incentivar o
mérito e a disciplina,
não tolerando outra
postura dos militares
que não seja a do
respeito pela
hierarquia, pela
obediência alicerçada em
valores [...] e sempre
em obediência às leis do
país no cumprimento das
nossas missões
claramente previstas e
demonstrando sempre
serenidade e lealdade
necessárias aos órgãos
de soberania
competentes", disse João
Pedro Cravid.
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