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Plano Director de água em marcha

Uso racional como solução para minimizar

a escassez de água

16.04.2019 ;  A escassez de água é um problema sério nos tempos de hoje e afecta um pouco quase todos os países do mundo, particularmente os menos desenvolvidos, como é o caso de S. Tomé e Príncipe, diz o Eng. Hidráulico, Chicher Digo, na (foto).

Esta é uma das consequências das Mudanças Climáticas e que para a enfrentar, as autoridades nacionais adoptaram, no presente ano o Plano Director Nacional de Água e Saneamento. Trata-se de um programa que abrange o aproveitamento racional dos recursos hídricos, ou seja, da água, bem como a sua conservação e utilização de meios técnicos mais avançados para o abastecimento para o consumo humano e para a agricultura e pecuária.

Sobre este assunto, entrevistamos o Engenheiro Hidráulico, Chicher Pires Diogo, especialista nesta matéria, que começou por caracterizar os recursos hídricos como “um ciclo hidrológico” em que há uma interação entre a atmosfera (temperatura e pluviómetros), o solo e as florestas. Se a intervenção humana prejudicar qualquer parte deste ciclo, haverá sempre consequências, afirmou o nosso interlocutor.

O corte desenfreado de árvores é um desses exemplos de intervenção humana com impacto negativo na redução da quantidade de chuva e, consequentemente, na redução de recursos hídricos disponíveis, segundo Engenheiro Chicher Pires Diogo. A redução dos caudais dos rios, o aumento da temperatura e a seca são, entre outras, as provas mais do que evidentes das consequências da redução de florestas em S.Tomé e Príncipe.

Este especialista afirmou que “o país tem vindo a trabalhar no projecto de Gestão de Integrada dos Recursos Hídricos justamente para conhecer e minimizar o impacto das mudanças climáticas nos recursos disponíveis”.

Para tal, disse o nosso entrevistado, que foi elaborado o Plano Hídrico Nacional, que, de forma transversal, integra várias instituições.

O Engenheiro Chicher Pires Diogo criticou o abate exagerado de árvores que está na origem da escassez de chuva e água, lamentou a forma como são maltratados os recursos que a natureza põe ao serviço do homem. Depois apontou o distrito de Lembá como um bom exemplo de como o esforço conjunto da sociedade pode ajudar a minimizar as consequências no mau uso do meio ambiente. Deu como exemplo a recuperação do rio Plovaz, feita com intervenção das populações e orientada pela sociedade civil organizada.

Ainda a respeito do aproveitamento racional da água, Engenheiro Chicher Pires Diogo acredita haver soluções, tal como está previsto no Plano Hídrico Nacional. “Temos que introduzir no país novas técnicas de rega, principalmente a irrigação gota-a-gota, porque este tipo de irrigação diminui a quantidade de água a gastar na agricultura”, afirmou.

Pontuou com a certeza de que é possível inverter o quadro actual de dificuldade no fornecimento da água. “Nós temos um Plano Director de Água e Saneamento, que, além do diagnóstico, aponta as acções para o uso racional de água em todas as áreas, incluindo, para o consumo humano, para laser e para irrigação”, adiantando que está em curso a elaboração de “um plano director de irrigação que irá avaliar esta questão”. Para tal finalizou afirmando ter já um cronograma de execução.

 

 

 

 

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