Ministro das Finanças de
São Tomé admite que
salário mínimo está
“aquém do desejável”
30.05.2022 - O ministro
das Finanças são-tomense
admitiu que o salário
mínimo de 2.500 dobras
(100 euros) que acordou
com os sindicatos "está
aquém do desejável" para
assegurar o cabaz mínimo
dos cidadãos, mas é o
possível dentro das
limitações orçamentais.
“Mesmo os
100 euros, para o dia a
dia, para o cabaz mínimo
das pessoas, ainda está
aquém do que é
desejável. Mas é um
esforço que o Governo
está a fazer dentro das
limitações orçamentais,
dentro do programa que
tem com o Fundo
Monetário
Internacional”, disse
Engrácio Graça à Lusa, à
margem dos encontros
anuais do Banco Africano
de Desenvolvimento, em
Acra, no Gana.
O Governo
são-tomense e os
sindicatos da função
pública retomaram na
semana passada o acordo
de aumento do salário
mínimo em 2.500 dobras
(100 euros) anulando o
aumento aprovado
unilateralmente pelo
executivo e a greve que
estava prevista. À Lusa,
Graça explicou que este
aumento se insere num
“processo em curso da
melhoria do rendimento
das pessoas” que
atualmente ganham 1.100
dobras (40 euros).
“Perguntar-me-ão, mas é
sustentável isto?
É
sustentável, desde logo,
porque o povo, a
população, a classe
trabalhadora precisa
desse recurso”, afirmou,
acrescentando que o
executivo vai “procurar
formas de poder dar
sustentabilidade” a esta
medida. Para o ministro,
é possível fazer
“ajustamentos, ou seja,
com os mesmos recursos,
com a mesma massa”, é
possível melhorar os
rendimentos das pessoas.
A decisão
do Governo de voltar ao
acordo de aumento do
salário mínimo para
2.500 dobras surgiu dias
depois de o executivo
aprovar unilateralmente
o aumento do rendimento
mínimo dos funcionários
públicos para 2.000
dobras (80 euros),
considerando que “a
conjuntura atual” não
permitia cumprir o valor
acordado com os
sindicatos. Perante a
resposta das centrais
sindicais, que
abandonaram uma reunião
com o ministro e
anunciaram “um ponto de
rotura”, anunciando uma
greve, Engrácio Graça
recuou e aceitou voltar
ao valor inicial.
Questionado então sobre
o que levou o executivo
a mudar de posição,
Engrácio Graça, defendeu
que “o Governo tem de
ser sensível à situação
em que as pessoas
vivem”. FPA (JYAF) // VMo.
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