Governo são-tomense
prepara medidas
coercivas para
aumentar pulverização
contra paludismo
24.05.2022 - O Governo
são-tomense vai adotar
medidas mais coercivas
visando as pessoas que
recusam a pulverização
das casas contra o
paludismo e comprometem
a meta do país de
eliminar a doença em
2025, anunciou hoje o
primeiro-ministro.
“Nós não
podemos continuar a
conviver com estas
pessoas que querem
prejudicar aquilo que é
o objetivo de todos.
Começamos pela
sensibilização – mais
numa atitude pedagógica
-, mas naturalmente
vamos passar a uma outra
fase de atitude mais
musculada, mais
coerciva”, disse Jorge
Bom Jesus, admitindo o
recurso à coerção
policial “se de facto as
recusas continuarem a
aumentar”.
O chefe
do Governo falava após
receber os profissionais
de saúde para
pulverização de sua
casa, no arranque do
20.º ciclo de
pulverização contra o
paludismo e os mosquitos
da dengue em São Tomé e
Príncipe, que teve
início no distrito de
Água Grande.
“É um ato
de cidadania. Todos têm
que contribuir para o
bem comum e ninguém está
acima deste desígnio
nacional que é de
lutarmos todos contra o
paludismo, esse flagelo
que vem dizimando vidas
humanas há várias
décadas, que tem tolhido
a nossa economia, a
nossa sociedade,
atrapalhando as nossas
vidas e o futuro das
nossas crianças”,
considerou o
primeiro-ministro. Jorge
Bom Jesus defendeu que
é preciso o envolvimento
de todos para que o país
mantenha a meta de
eliminar a doença em
2025, que “está um pouco
comprometida por causa
da incúria, da
irresponsabilidade de
muita gente que fecha as
portas das casas” à
pulverização.
“Eu com
esse ato é não só para
dar exemplo, mas para
mostrar que toda a gente
tem que se implicar
neste tipo de exercício
e de adesão porque basta
um são-tomense recusar a
pulverização que isso
vai comprometer
precisamente esta meta
de 2025”, referiu Jorge
Bom Jesus.
O
primeiro-ministro
realçou que o Governo
vai continuar a
“sensibilizar, a
mobilizar todos os
atores: políticos,
empresários, a sociedade
no seu todo e,
sobretudo, a população”
para abraçar esta causa
e o país continuar a
prosseguir a meta de
eliminar a doença em
2025, na qual conta com
o financiamento do Fundo
Global e de muitos
outros parceiros.
“Tudo
isto custa muito
dinheiro que nós não
temos e que os parceiros
colaboram connosco, de
forma muito generosa,
muito solidária, e
aquilo que nos pedem é o
mínimo dos mínimos, que
é colaboração”, defendeu
Jorge Bom Jesus. Os
dados do Programa
Nacional de Luta Contra
o Paludismo apontam o
“incremento acelerado de
casos de paludismo desde
finais de 2021”, sendo
que entre janeiro e maio
houve “um registo de
1.647 casos de paludismo
acumulados”,
representando mais
1.023, se comparado ao
mesmo período do ano
passado.
O
Presidente são-tomense
afirmou no início de
maio que o aumento
alarmante de casos de
paludismo no país
representa um grande
problema de saúde
pública e de entrave ao
desenvolvimento,
defendendo a reavaliação
da estratégia para a
eliminação da doença em
2025. “Em São Tomé e
Príncipe registamos um
abrandamento
considerável nos
progressos já alcançados
nos anos anteriores para
reduzir os casos de
paludismo e de mortes
causadas por esta
doença, mas
lamentavelmente o nosso
país voltou a conhecer
um aumento de casos
desde finais do ano de
2021 até à data
presente”, afirmou
Carlos Vila Nova, na
abertura da reunião da
Comissão Nacional de
Luta Contra o Paludismo
(CNLCP).
O chefe
de Estado são-tomense
realçou que o país
regista “um aumento
considerado alarmante”,
o que representa “um
grande problema de saúde
pública e de entrave ao
desenvolvimento”. Além
de registar aumento do
paludismo São Tomé e
Príncipe, o
Governo anunciou no
início do mês um surto
da dengue, com
confirmação laboratorial
de 30 dos 41 casos
notificados, entre os
quais quatro internados,
mas sem ocorrência de
óbitos.
JYAF // LFS//Lusa
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