São Tomé anuncia
abertura do ano lectivo
marcado
por regras sanitárias
02.09.2020 -
O primeiro ministro
são-tomense, considerou
hoje que o ano lectivo
2020-2021 será diferente
dos "outros vivenciados
até agora", lembrando
que o mesmo será marcado
pela pandemia de
Covid-19 que impõe
regras sanitárias aos
alunos e professores.
"Este arranque do novo
ano lectivo não é
semelhante a nenhum
outro vivenciado até
agora. Marcado pelo
ritmo da pandemia
Covid-19 e a
imprevisibilidade do seu
impacto, pelo estado de
calamidade, pelas
orientações sanitárias",
disse Jorge Bom Jesus na
abertura hoje do novo
ano lectivo, cujo lema
é: "Todos de regresso à
escola com segurança e
responsabilidade".
"Este será certamente um
ano lectivo histórico,
atípico, que vai exigir
dos fazedores da
educação e seu decisores
mestria, inovação,
criatividade, espírito
de sacrifício, pedagogia
do erro, humildade e
trabalho", acrescentou o
governante na cerimónia
que juntou membros do
governo, representantes
de órgãos de soberania e
do corpo diplomático.
O primeiro-ministro
lembrou que desde Março
as crianças estão em
casa confinadas, "a
escola foi para casa,
através da rádio e das
tele-aulas, muitos pais
tornaram-se tutores,
professores, cúmplices,
companheiros e mais
amigos dos seus
educandos durante longas
horas".
Em São Tomé e Príncipe
entendemos que a
suspensão das aulas
presenciais foi
indubitavelmente
importante para conter a
disseminação da
Covid-19", explicou o
chefe do executivo. De
acordo com o governante,
o Ministério da Educação
e Ensino superior
promoverá, este ano, com
apoio dos parceiros de
cooperação um ano
lectivo para a
comunidade educativa que
permita o cumprimento
das regras de saúde e
segurança públicas.
"A promoção da
igualdade, equidade e
inclusão, a concepção de
respostas escolares que
mitiguem desigualdades
para que todos os alunos
alcancem as competências
previstas, a garantia de
acesso e permanência das
crianças no sistema
educativo, combatendo o
absentismo e o insucesso
escolar" fazem parte do
programa que o
Ministério da Educação
vai executar com apoio
dos parceiros. Jorge Bom
Jesus considera que o
estabelecimento de um
rácio de 30 alunos por
professor é uma situação
que "foi acautelada"
pelo Ministério da
Educação e Ensino
Superior, reconhecendo,
contudo que será "um
grande desafio" para as
autoridades educativas.
O regime de frequência
lectiva foi reduzido e a
tripla rotação das
turmas que o governo
promete "compensar com
outras estratégias
pedagógicas
complementares". Jorge
Bom Jesus quer que cada
professor "cumpra e faça
cumprir" as
recomendações da
Organização Mundial da
Saúde (OMS) de
higienização,
distanciamento e usos
das máscaras.
Dedicou "uma palavra de
apreço e esperança em
dias melhores" aos
professores com os quais
o governo reconhece ter
"muitos problemas
estruturais e
conjunturais para
resolver em sede de
concertação social",
designadamente, salários
e condições de trabalho.
A ministra da Educação e
Ensino Superior, Julieta
Rodrigues explicou que o
início das aulas será
faseado, sendo que no
dia 08 será a vez das
crianças da educação
pré-escolar e dos alunos
do primeiro ciclo do
ensino básico.
Em meados de Setembro
iniciam os alunos do
segundo ciclo do ensino
básico e os do ensino
secundário, enquanto as
universidades só
arrancam em Outubro. O
regresso às aulas
pressupõe a criação de
condições de
acolhimento,
subordinadas ao momento
e à evolução da pandemia
da Covid-19", alertou
Julieta Rodrigues. Entre
sábado e terça-feira foi
registado apenas um caso
positivo do novo
coronavírus elevando a
infecções acumuladas no
país para 896.
De
acordo com o Ministério
da Saúde, nas últimas 48
horas foram realizados
51 testes que deram
todos resultado
negativo. O número de
doentes recuperados
situa-se nos 853,
continuando três
pacientes internados no
hospital de campanha e
25 em isolamento
domiciliário.
(Angop)