Comandante Roldão
defende evolução na
investigação dos crimes
10.08.2020 -
O Comandante da Polícia
Nacional de São Tomé e
Príncipe, o
superintendente Roldão
Boa Morte, alertou,
recentemente que, o
Estado são-tomense
precisa evoluir aos
padrões internacionais
no que concerne à
investigação criminal.
O alerta
do Comandante surge na
perspectiva do conteúdo
do seu recente livro
lançado, no país, “ A
Prova Testemunhal” que
sublinha que os novos
modus operandi de crimes
justificam obtenção de
provas científicas para
posterior enquadramento
jurídico penal.
Segundo o
Comandante, aquando da
execução do crime,
afigura-se no local
vestígios biológicos e
não biológicos,
indispensáveis para
obtenção da provas e
pela ausência ou
carência de meios
materiais e humanos
“leva-nos a cometer
erros de investigação
que é “deter e depois
investigar”, ao invés de
“investigar depois
deter”, como noutras
paragens.
Tendo
considerado preocupante
o índice de supostos
crimes que têm assolado
o país nos últimos
tempos, aproveitou os
mesmos para reflexão,
elaboração sua obra de
investigação criminal,
“A Prova Testemunhal”,
lançada, na última
quarta-feira, no
auditório da
Universidade de São
Tomé, (USTP), nos
arredores da capital
são-tomense.
Horas
antes do lançamento
explicou que trata-se de
uma obra de investigação
que aborda as relevância
das provas testemunhais
para a detenção e
posterior julgamento dos
indiciados em matérias
criminais “tendo em
conta que o objectivo
principal de uma
investigação é convencer
ao juiz de que este ou
aquele indivíduo cometeu
um facto considerado
como crime”.
Este
responsável considera
que a obra, face a sua
relevância, é a única
deste género no país, e
um alerta para que se o
arquipélago se evolua
para provas científicas,
pondo cobro aos novos
fenómenos criminais,
visando “garantir melhor
serviço de justiça bem
como proteger o direito
de liberdade e garantias
dos cidadãos”.
Incentivado para debelar
a criminalidade e
preocupado com o nível
crescente deste
fenómeno, destacou os
três casos criminais,
que assolaram nos
últimos tempos o país, e
serviram como estopim
para a criação da obra,
, nomeadamente, o caso
do assalto à carrinha de
valores, o caso da CECAB
e assassinato de uma
jovem em Santana,
“momentos que me
convenceram e me
incentivaram a escrever
o tema”, explicou.
A obra
está dividida em seis
capítulos e a sua
apresentação esteve ao
cargo da professora
universitária, Fernanda
Pontífice. O evento para
o lançamento da obra
teve a organização da
Polícia Nacional, contou
com apoios
institucionais e
individuais e
participação de diversas
figuras públicas do país
assim como docentes e
discentes da USTP.
Roldão
boa Morte é Licenciado
em Ciências Policiais e
Mestre em Criminologia e
Investigação Criminal,
pelo Instituto Superior
de Ciências Policiais e
Segurança Interna (ISCPSI),
em Lisboa - Portugal.
Fim/AD