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China/África: Perdão de dívida e crédito

de milhões marcam cimeira

05.09.2018 - Uma promessa de mais 60.000 milhões de dólares em investimentos, sem contrapartidas políticas, e perdões de dívida para os países mais pobres marcaram o Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), cuja terceira cimeira terminou hoje, em Pequim.

Em causa está um plano de ação para fortalecer a cooperação a nível do comércio, saúde, indústria e infraestruturas, em particular o acarinhado plano chinês conhecido como "Nova Rota da Seda", lançado em 2013 pelo Presidente chinês, Xi Jinping, e que inclui a construção de portos, aeroportos, auto-estradas ou malhas ferroviárias ao longo da Europa, Ásia Central, África e sudeste Asiático.

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Durante este fórum, o Presidente Xi Jinping garantiu que o investimento de Pequim não implica "condições políticas", sendo antes uma "forma de atingir prosperidade comum, com benefícios para ambos os povos".

O crédito de 60.000 milhões de dólares (51.000 milhões de euros) será aplicado no próximos três anos, no formato de assistência governamental e através do investimento e financiamento por instituições financeiras e empresas.

Deste bolo, 15.000 milhões de dólares serão disponibilizados em empréstimos isentos de juros ou com condições preferenciais, 20.000 milhões em linhas de crédito, 10.000 milhões num fundo especial para o desenvolvimento de mecanismos financeiros e 5.000 milhões para financiar importações oriundas do continente.

Xi anunciou igualmente uma isenção de taxas de juro para a divida contraída junto do Governo chinês com vencimento no final de 2018, de que serão beneficiários "os países menos desenvolvidos ou altamente endividados, sem costa marítima ou pequenas nações insulares, que têm relações [diplomáticas] com a China".

O líder chinês estabeleceu ainda outros objetivos da cooperação para os próximos anos, com a implementação de 50 programas de assistência para a agricultura, assistência humanitária aos países afetados por desastres naturais, 50.000 bolsas de estudo para estudantes oriundos de países africanos, apoio no combate à luta contra o terrorismo e a pirataria e criação de um fundo para impulsionar a cooperação em matéria de missões de paz e manutenção da ordem.

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A cimeira de dois dias reuniu em Pequim dezenas de chefes de Estado e do Governo africanos com o objetivo de reforçar as relações entre as 53 nações africanas que mantêm relações com a China e o gigante asiático, mas também para impulsionar a cooperação entre os dois blocos.

O secretário-geral da ONU António Guterres, que esteve também no encontro, afirmou que as Nações Unidas vão "continuar a apoiar o esforço da China na concretização de parcerias" e a promover a cooperação entre os países africanos e sustentou que a relação entre a China e os países africanos pode ser crucial para garantir "uma globalização justa" e um desenvolvimento inclusivo, uma prioridade para as Nações Unidas.

A China foi durante o primeiro semestre de 2018 o maior parceiro comercial de África, pelo nono ano consecutivo com o comércio bilateral a aumentar 16%, em termos homólogos, para 98.800 milhões de dólares (84.600 milhões de euros).

Desde 2015, a média anual do investimento direto da China no continente africano fixou-se em 3.000 milhões dólares (2.500 milhões de euros), com destaque para novos setores como indústria, finanças, turismo e aviação.

(Lusa)-Cortesia-Jornal-Transparência

 

 

 

 

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