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Santa Cruz de Buzina acolhe festival

Izaquente de Açúcar

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30.08.2019 - Terminou os 135 anos do Festival de Izaquente de açúcar este fim-de-semana na Festa de Santa Cruz de Buzina em Bugué, capitaneada pela sucessora Grinaldina Afonso Freitas “ DINA”, que apresentou detalhadamente o ritual do seu avô nesta cerimónia tradicional que envolveu muitos aderentes da cidade capital.

O festival começou na sexta-feira as 18 horas com o acender das velas na capelinha no local do evento pela presidente senhora DINA, e em seguida os moradores e membros do festival começaram a recolha das sete panelas de izaquente nas residências dos juízes da festa com dança especial do anguelé, onde depois de ser cozido a comida; o panelão é levantado do fogo a lenha pela comissão dos festejos e levados para o quintal da festa. Uma de cada vez até concluir a recolha com grande grupo munidos de crianças com ramo de folhas nas mãos como incentivo para dançar essa tradição a moda exclusiva dos moradores da zona de Bugué, num bairro populoso encravado entre a Monta-Alvão e Riba Mato na vizinhança com cachoeira em cima da Vila de Bombom.

Como agora são geralmente sete panelas, a sexta panela é depositada na capelinha até o amanhecer submetida à luz das velas e as orações pelo grupo do senhor Chico. E a sétima panela que é colocada sobre a mesa junto as outras mas, ela como a ultima tem que dar três voltas a capelinha para depois ser erguida para acima da referida mesa e será ela a primeira a ser aberta depois de uma bênção e oração de um chefe Estudante.

A primeira marmita ou panelinha são enchidas com duas ou três conchas de izaquente para, os próximos juízes que receberam a festa e só depois que começa o Festival de Izaquente, com a distribuição das seis panelas grandes, consagrado o anonimo desde que apresentem a sua tamina entre crianças, jovens e adultos ao fiel da bancada que fica em frente de cada panela com uma concha, que vem acompanhada com a respetiva panela da casa do juiz festeiro.

Depois de terminar o festival de izaquente, é tudo recolhido e passa-se em seguida a se estendeu a toalha de mesa para porem o prato típico de São Tomé e Príncipe a saber:

Banana prata, peixe salgado com o azeite de palma original para os presentes e em especial os convidados e regados com o vinho de palma.

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Despois de serem saciados, começou o segundo ritual que se tratou em cima da mesma mesa, puseram uma grande gamela com banana prata cozida esmagada a mão com a presidente da festa senhora DINA, o senhor Estudante e o mestre da dança ”Anguelé”, para depois despejarem o molho de peixe salgado e misturar todo.

O mestre fez primeiro uma volta a mesa espalhando vinho no chão e começaram a levantarem e abaixar a gamela, deram ordem para se comer metade rapidamente a mão e em seguida com cântico tradicional fizeram também três voltas a mesa com danças e batuque e a gamela sempre a frente e assegurada por diversas pessoas e membros das famílias, Viegas d’Abreu e Freitas que são os verdadeiros donos e herdeiros desta Festa de Santa Cruz de Buzina em Bugué.

Depois de ser ter apostado na recolha de izaquente, a sua distribuição como o cozido de banana, a referida gamela da banana cozida com o molho de peixe salgado é todo ela consumida pelos participantes, familiares, juízes e vizinhos da sede desta festa que fez os seus 135 anos da sua existência, passou ao terceiro ritual.

Onde foi colocado uma mesa pequena atrás da capelinha com diversos pratos típicos tais como: o calulu, soô, pirão, fuba, entre outras comidas mas; todas elas cozidas em panelas pequeninas, foram repartidos pelos pratos em cima da mesa, pela senhora DINA presidente da festa e em seguida ela foi arrancado uma manga de uma folha que esteve ao lado das velas atrás, como também a famosa gamela que deu abertura para o terceiro passo tradicional. As mesmas comidas que foram postas dentro dos pratos na tal mesa, foram também expostas nas folhas separadas para os antepassados, em baixo da mesma mesa no poste de igualdade. Em cima para os vivos comerem imediatamente e em baixo para os espíritos a fome anual.

Depois da presidente da festa tirar o seu bocado, a mesa foi logo invadida num apanha quem poder segundo a lei de facilidade desde dos pratos até as panelinhas.

As 23 horas foi a chegada do Grupo de Jambi da Vila de Conde, que aqueceu a festa com um batuque estrondoso de boas vindas ao Festival de Izaquente 2018. Para mais tarde darem o início do Jambi na grota de Peté-peté com as luzes de telemóvel e candeeiro de azeite.

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A partir da meia-noite saíram desta grota para o quintal da festa em cortejo com a maioria jovem saltando, gritando e dançando o original de Anguelé. O Jambi de Conde rufou os tambores até as seis horas. No sábado de manhã foi depositada a imagem de Santa Cruz de Buzina na Igreja da Nossa Senhora de Fátima no Bombom, para depois ser recuperada a tarde.

Anualmente esta festa intercala os grupos culturais entre o Danço de Congo e o Tchiloli. Esta comunidade do bairro de Bugué é uma componente familiar concentrada num arredor histórico, porque é vocacionado e bem profissional na produção da farinha de mandioca, desde longos anos e no ano passado produziram sete toneladas de farinha.

A presidência desta festa de Santa Cruz de Buzina não tem limite, depende da idade e até onde se pode chegar e a sua sucessão é sempre a seguir segundo a idade maternal ou paternal, como exemplo a senhora Laudacia Viegas d’Abreu “ LAÚ” tem agora 90 anos e deixou a presidência para sua irmã Grinaldina Afonso Freitas “ DINA”, que caso a morte não venha assobiar e se o Anjo da guarda estiver a porta do inferno, ela tem muito ainda para oferecer no quadro da geração das irmãs que está mostrando o lenço branco da partida; para ter-se que começarem a presidência com a geração dos primos.

Fim / VST-Jornal Transparência

 

 

 

 

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