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Sociedade civil em protesto pacífico contra a crise da

energia eletrica em São Tomé

20.05.2021 - Cerca quatro dezenas de viaturas e mototáxis participaram hoje num “buzinão” que percorreu algumas artérias da capital são-tomense, promovido pela sociedade civil em protesto contra a crise de energia elétrica que se arrasta há mais de dois meses. "Estamos a manifestar o nosso descontentamento devido à situação grave de falta de energia no país. Há pessoas que ficam 48 horas sem energia e é o momento de dizermos basta a esta situação", disse Deyse Pereira, da organização do protesto.

"A justificação da crise com a manutenção dos grupos geradores, falta de peças, isso já ouvimos no passado e os governantes têm que encontrar uma solução, energia é o básico que nós pedimos", explicou. Adoilson do Espírito Santo, um dos participantes no “buzinão” disse ser "uma lástima" a atual situação de crise energética.

"Entra o ano, sai o ano e a gente não consegue ter uma energia estável. Pagamos faturas todos os meses e o pior de tudo é que com energia ou sem energia recebemos as faturas sempre com o mesmo valor e, em alguns casos, com valores mais altos", lamentou. Depois de percorrerem algumas artérias da capital, fortemente guardados pela polícia, os manifestantes fizeram uma pausa no centro da cidade de São Tomé, onde gritavam frases como "Queremos energia, queremos energia".

"Acredito que uma empresa como a Emae [Empresa de Água e Eletricidade] não pode faltar aos cidadãos com o respeito. Nós cumprimos com os nossos deveres para termos a nossa energia e não é possível em troca termos um serviço péssimo, prestado por uma empresa que ganha milhões e milhões, o Governo tem que olhar para isso", referiu Adoilson do Espírito Santo.

 

O primeiro-ministro Jorge Bom Jesus visitou a central térmica de Santo Amaro e recebeu garantias dos técnicos de que a crise de energia no país pode ter solução "a partir deste fim de semana". Jorge Bom Jesus pediu "calma e paciência" à população e disse que recebeu garantias dos técnicos de que "tudo vai regressar à normalidade dentro de alguns dias".

 

“Num período muito curto, apesar de alguns fatores externos que escapam à nossa previsão, colocaremos na rede os grupos geradores que se encontram em manutenção", afirmou Danilo Garcia, chefe da divisão de manutenção da central térmica de Santo Amaro. O responsável reconheceu que a crise no abastecimento de energia "é abrangente a toda a população". “Atinge a nós próprios, técnicos, a nossa família, por isso estamos empenhados em resolver o problema", acrescentou.

 

 

 

 

 

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