Júlio
Silva anuncia
candidatura as
presidenciais
de 18 de
Julho
próximo em São Tomé e
Príncipe
19.04.2021
- líder do Movimento
Cidadãos Independentes
(MCI) e ex-ministro da
economia, Júlio Silva
anunciou a sua
candidatura às eleições
presidenciais de 18 de
julho próximo em São
Tomé e Príncipe. “O meu
objetivo principal é
unir os são-tomenses”,
disse o antigo militante
da Ação Democrática
Independente (ADI) que
também exerceu várias
funções na administração
publica, uma das quais
de diretor da Empresa de
Água e Eletricidade (Emae).
Júlio
Silva fez a apresentação
da sua candidatura na
cidade de Angolares,
vapital do Distrito de
Caué, 44 quilómetros a
sul da ilha de São Tomé
onde há cerca de três
anos criou uma
organização política, o
Movimento de Cidadãos
Independentes (MCI) que
elegeu dois deputados.
“Outra
coisa que eu defendo é
que encaremos de uma vez
por todas a questão da
verdade e da
reconciliação. Não
podemos ter um país em
que o facto de alguém
pertencer a um partido
político que não está no
poder já constitui arma
contra a sua
sobrevivência”, explicou
o pré-candidato.
Numa
carta divulgada momentos
antes do anúncio da sua
candidatura, Júlio Silva
disse que o seu desejo
de concorrer as
presidenciais foi
“espontânea, aberta e
inclusiva com uma marca
de forte renovação da
capacidade de diálogo
intergeracional”.
“O país
não pertence aos
partidos políticos, o
país pertence aos
são-tomenses e as
eleições são, sobretudo
para escolher quem
dirige, quem governa e
governar não significa
que eu tenho posse e
poder de fazer do país
aquilo que eu quero”,
referiu.
“Vamos
apostar no diálogo e na
união de todos os
são-tomenses e
protagonistas políticos,
promovendo novas
abordagens e estilos
políticos, que permitam
reaproximar os eleitos
dos eleitores”,
acrescentou Júlio Silva.
O
candidato garante que
caso seja eleito, vai
acabar com o que
considera de
“assimetrias” no país,
explicando que “se por
um lado nós estamos com
um desenvolvimento a
grande velocidade no
Distrito de Água Grande
(capital), temos regiões
no interior onde não há
água, não energia e
saneamento básico”.
O MLSTP
já anunciou que apoiará
a candidatura do antigo
primeiro-ministro
Guilherme Pósser da
Costa, mas alguns
militantes do partido já
manifestaram a intenção
de avançar com
candidaturas
independentes às
eleições de 18 de julho,
nomeadamente a antiga
primeira-ministra e
candidata nas
presidenciais de 2016,
Maria das Neves; o
antigo líder
social-democrata Jorge
Amado, a ex-ministra dos
Negócios Estrangeiros do
atual Governo, Elsa
Pinto, e o coronel na
reserva Victor Monteiro.
O maior
partido da oposição,
Ação Democrática
Independente (ADI),
anunciou o seu apoio à
candidatura de Carlos
Vila Nova, antigo
ministro das Obras
Públicas do anterior
executivo, chefiado por
Patrice Trovoada
(2014-2018). O
Presidente, Evaristo
Carvalho, foi apoiado
pela ADI em 2016 e está
a terminar o primeiro
mandato.