04.03.2021 - René
Tavares Irá expor no
Salão Nobre do Teatro
Municipal Baltazar no
dia 6 de Março a 16 de
Abril, uma exposição do
artista plástico
são-tomense, intitulada
de "Tchiloli Unlimited
Migrações e Coisas".
As suas obras já
estiveram expostas em
espaços e eventos como:
Afro Our Urban (EUA), El
Puevo Resistente
(Venezuela), Theatre
National le Chaillot
(França), ArtVisie
Gallery (Holanda), Museu
da Cidade (Portugal),
Venice Architecture
Biennale (Itália),
Bienais de Arte de São
Tomé e Principe, entre
outros.
“O Tchiloli Unlimited é
o nome da exposição que
está dentro do projeto
Migrações e Coisas”.
Acompanhe-se também o
Projeto (Raquel Martins)
“Falar de sociedades
contemporâneas é invocar
um movimento contínuo de
influências estéticas,
culturais e linguísticas
que se movem ao ritmo da
própria humanidade”.
Hoje, mais do que nunca,
é entender o ciclo
migratório do ser humano
como uma necessidade
intrínseca à
sobrevivência do Homem
desde o princípio dos
tempos, ainda que daí
resulte um imaginário
cultural cada vez mais
globalizado.
Nessa busca humana por
novos contextos de vida,
cabe ao artista explorar
novas fronteiras da
linguagem que daí
emergem.
Cabe-lhe também
perpetuar a memória e o
património local,
encontrando um espaço de
cruzamento entre a
cultura tradicional e
formas de expressão mais
atuais. Mais
contemporâneas.
Mais
globais. MIGRAÇÕES E
COISAS assume-se como
tema principal de uma
série de projectos em
que René Tavares busca
na pintura, na
fotografia e na
escultura zonas
inexploradas de criação
artística, estética e
visual.
Um percurso que o
artista iniciou ao
abordar a questão da
identidade crioula, ela
própria um resultado
destas dinâmicas
migratórias que se
transformam
invariavelmente em algo
novo e vivo, como é
exemplo disso o Tchiloli,
espetáculo tradicional
são-Tomense
abundantemente
investigado, retratado e
reinventado por René
Tavares nas suas obras.
De resto, é precisamente
aí, no cruzamento entre
o tradicional e o
contemporâneo, entre a
memória e a
reinterpretação da
História, que o artista
faz a sua própria
viagem. Um remix
cultural e temporal a
cada obra.
Um olhar urgente e
actual que surge da
vontade de preservar
cada fábula, cada conto,
cada história como quem
sabe que hoje, mais do
que nunca, é nessa
memória que encontramos
as pistas mais valiosas
para as coisas que nos
definem e onde nos
encontramos todos,
independentemente das
distâncias, enquanto
seres humanos.