Combater a exclusão pela
inclusão digital
Africa Code Week
realiza-se pela primeira
vez em São Tomé e
Príncipe
27.01.2021 - O Dia do
Intérprete da Língua
Gestual Portuguesa foi
comemorado na Escola
Portuguesa de São Tomé e
Príncipe com a
realização da primeira
de duas ações de
formação para alunos
surdos da Escola de Bom-Bom, iniciativa
integrada no projeto Africa Code
Week.
Na tarde
do dia 22 de janeiro, os
jovens deslocaram-se à
nossa escola e, depois
de uma tarde intensa de
muitas e novas
aprendizagens, a
satisfação era bem
visível nos rostos dos
formandos à saída da
sala de informática e no
momento da entrega dos
certificados.
O lema
desta iniciativa “Oportunidades
para todos pela inclusão
digital” não poderia
ser mais apropriado para
este momento, que marcou
o arranque da segunda
fase deste projeto e que
corresponde à realização
de ciclo formativo que
pretende chegar a vários
jovens, professores e
futuros professores de
todo o país, dotando-os
de competências
informáticas de
programação e literacia
digital.
Na
primeira fase, que se
realiza este ano pela
primeira vez em São Tomé
e Príncipe, os alunos da
Escola Portuguesa, do
5.º ao 12.º ano (com
idades compreendidas
entre os 9 e os 16
anos), idealizaram e
conceberam jogos com
recursos a ferramentas
informáticas de
programação e elaboraram
um vídeo explicativo do
seu trabalho, no âmbito
do concurso African Code
Challenge.
Os
melhores trabalhos foram
entretanto selecionados
para integrarem a final
do concurso
internacional, que
envolve trabalhos de 22
países africanos.
Contexto do Africa Code
Week
O
século XXI é muitas
vezes caracterizado como
aquele em que o mundo em
que vivemos é complexo,
altamente interconectado
e em rápida
transformação, num
ambiente de
adaptabilidade e
flexibilidade em
resposta à mudança
tecnológica, que a
pandemia do COVID 19
veio acelerar. Vivemos a
era das inovações
tecnológicas aceleradas,
como a inteligência
artificial, robótica,
Internet das coisas e
impressão 3D, levando à
expansão da
digitalização a todas as
áreas da nossa vida.
Neste
sentido, a escola deve
preparar os alunos, que
serão jovens e adultos
em 2030, para empregos
ainda não criados, para
tecnologias ainda não
inventadas, para a
resolução de problemas
que ainda se
desconhecem.
Ou
seja, para a
alfabetização digital.
Vários estudos indicam
que das 13 profissões
mais promissoras no
futuro, dez necessitam
conhecimentos em
algoritmos e linguagens
de programação e que a
cada ano que passa a
procura de trabalhadores
com competências
digitais especializadas
cresce cerca de 4%.
O
Africa Code Week, que já
vai na sua 6.ª edição, é
uma iniciativa
financiada pela SAP
(empresa multinacional
de informática), no
âmbito da sua
responsabilidade social,
com o apoio da UNESCO,
Youth Mobile, Google,
Irish Aid (cooperação
irlandesa) e BMZ
(cooperação alemã). No
nosso país, contamos com
o apoio da Globaltec,
Eletrofrio e Cunha
Soares STP. Em 2019, o
Africa Code Week. esteve
presente em 37 países
africanos e envolveu
quase 4 milhões de
jovens, sendo quase
metade raparigas, 6 mil
alunos com necessidades
educativas especiais e
39 mil professores.
A
Escola Portuguesa de São
Tomé e Príncipe
participou neste projeto
que pretende dotar
cidadãos com
competências básicas e
necessárias sobre
algoritmia e
programação, de forma a
estimular o interesse
para esta área e
sensibilizar para a
literacia e inclusão
digital, indo também ao
encontro das metas dos
Objetivos do
Desenvolvimento
Sustentável,
nomeadamente a Educação
de Qualidade e Igualdade
de Género.