Situação na Guiné-Bissau
pode comprometer
deslocação
de observadores da CPLP
22.08.2022 - O chefe da
missão de observação da
CPLP, Jorge Carlos
Fonseca, disse que os
acontecimentos de última
hora na Guiné-Bissau
podem comprometer a
deslocação de alguns
observadores que iriam
integrar a missão
lusófona.
“Vamos
estar aqui com uma
missão que, em
princípio, terá 34
observadores”, disse
Fonseca, admitindo que
este número poderá
sofrer alterações devido
a “alguns problemas de
última hora com
representantes da
Guiné-Bissau”.
O
ex-presidente de Cabo
Verde, Jorge Carlos
Fonseca, que se encontra
em Angola a chefiar a
missão de observação da
Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP)
encontrou-se hoje com o
candidato do Movimento
Popular de Libertação de
Angola (MPLA), João
Lourenço, na sede do
partido, em Luanda.
Jorge Carlos Fonseca
explicou que o maior
número de observadores
estará concentrado em
Luanda, mas estarão
também noutras
províncias como Bengo,
Cuanza Norte e Sul,
acompanhando a fase
final da campanha
eleitoral, o processo de
votação e o apuramento
dos resultados.
“A CPLP
não faz um trabalho de
muito tempo, observa a
parte final da campanha,
os processos de votação,
o escrutínio e o
apuramento”, afirmou,
adiantando que a missão
ficará em Angola até 27
de agosto.Este é o tempo
“que julgámos adequado
para ter uma avaliação
objetiva, para que
tenhamos tempo de
articular com outras
missões de observação de
outras instâncias como a
SADC [Comunidade de
Desenvolvimento da
África Austral], União
Africana ou União
Europeia”, justificou.
Segundo o
ex-chefe de Estado, o
foco é esse: “Não
podemos fugir aos
limites da natureza
dessa missão, não
podemos intrometer-nos
em assuntos ou questões
que não tem a ver com a
observação eleitoral,
são regras”.Sobre o que
foi tratado com o
candidato do MPLA disse
que “não há segredos” e
que abordou o processo
eleitoral com João
Lourenço.
“Dei-lhe
informação sobre o que a
missão pretende fazer, o
número de membros da
nossa missão, como é que
vamos trabalhar, a
distribuição pelas
províncias. Trocámos
impressões sobre os
agentes eleitorais”,
revelou.
“Estou
aqui a convite da CPLP,
mas sou um antigo chefe
de Estado de Cabo Verde
que tem relações de
muita amizade, muita
fraternidade com Angola,
conheço bem o Presidente
Joao Lourenço que agora
é candidato e trocámos
algumas impressões,
essencialmente troca de
informações”,
complementou Jorge
Carlos Fonseca.
As
eleições gerais
angolanas, quinto
escrutínio da história
política do país, estão
marcadas para 24 de
agosto e contam com
candidaturas de oito
formações políticas, que
estão em campanha
eleitoral desde 24 de
julho.Angola, Brasil,
Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Guiné
Equatorial, Moçambique,
Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste
são os nove
Estados-membros da CPLP.
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