Três Perguntas à visita
de Pelosi à Região
Taiwan da China
08.08.2022 -
Autor: Hu Bin-
Encarregado dos Negócios
Interino da Embaixada da
República Popular da
ChinaEm 2 de Agosto, a
presidente da Câmara dos
Representantes dos EUA
Nancy Pelosi visitou a
Região Taiwan da China,
provocando a indignação
forte do povo chinês e a
oposição geral da
comunidade
internacional. Gostaria
de agradecer ao Governo
Santomense por reiterar
a posição da defesa do
princípio de Uma Só
China, e aos amigos
santomenses pela vossa
solidariedade e apoio.
Em relação à declaração
ministerial do G7 e
comentários de poucas
mídias ocidentais que
distorcem os factos,
venho por meio deste
esclarecer a verdade.
1.Taiwan é um “país”?
Em 230 D.C, os chineses
estabeleceram a
Administração Oficial em
Ilha de Taiwan. Em 1662,
o general Zheng
Chenggong da Dinastia
Ming expulsou os colonos
holandeses e recuperou
Taiwan. 1895 viu os
japoneses roubarem e
colonizarem Taiwan, e em
1945, com a vitória da
China contra a Invação
Japonesa, Taiwan
reingressou na Pátria.
1949 assistiu à derrota
do regime Kuomintang de
Chiang Kai-shek e a sua
fuga a Taiwan,
resultando na separação
dos dois lados do
Estreito de Taiwan até
hoje.
A Resolução 2758 da
Assembleia Geral das
Nações Unidas em 1971
declarou claramente que
o Governo da República
Popular da China é o
único governo legítimo
que representa toda a
China. Com base no
princípio de Uma Só
China, 181 países,
incluindo São Tomé e
Príncipe, estabeleceram
relações diplomáticas
com a China. É muito
claro que Taiwan nunca
foi um “país” mas sim
uma parte da China. Isto
é um facto indiscutível,
tanto histórica como
legalmente.
2. Quem deve ser
responsável por essa
crise?
A questão de Taiwan é um
legado da Guerra Civil
da China, uma questão
puramente interna, sendo
o núcleo dos principais
interesses da China e a
questão mais sensível
nas relações entre a
China e os EUA. No
Comunicado Conjunto
sobre o Estabelecimento
das Relações
Diplomáticas China-EUA
em 1979, os EUA
comprometeram-se
definidamente com o
princípio de Uma Só
China e não
desenvolveram relações
oficiais com a Região
Taiwan.
No entanto, nos últimos
anos, as autoridades de
Taiwan têm procurado a
independência, contando
com o apoio dos EUA e
provocado confrontos
entre os dois lados do
estreito, enquanto os
EUA mantêm a intenção de
usar Taiwan para conter
a China, têm vendido
armas avançadas a
Taiwan, já somou cinco
vezes durante o ano
passado.
Como Número Três na
hierarquia
administrativa dos EUA,
a “visita oficial” de
Nancy Pelosi a Região
Taiwan num avião militar
emite um sinal
severamente errado às
forças separadistas da
“independência de
Taiwan”, sendo uma grave
traição e provocação ao
princípio de Uma Só
China, tornando a
situação no Estreito de
Taiwan ainda mais
complicada, perigosa e
imprevisível.
Para evitar essa crise
imposta à China, a parte
chinesa envidou os
maiores esforços
diplomáticos, for meio
de repetidas
representações e
advertências à parte dos
EUA, exercendo a maior
contenção e paciência.
No entanto, os EUA e as
forças da “Independência
de Taiwan” escolheram
fazer provocação, que
levou a alterar o status
no Estreito de Taiwan, e
a escalada da situação.
Por isso, a
responsabilidade pela
actual crise cabe
directamente e
completamente às
autoridades de Taiwan e
aos EUA.
3.Que contramedidas
tomará a China?
A China
já declarou com
antecipação que, se
Pelosi insistir em
visitar a Região Taiwan,
tomará contramedidas
resolutas. Por
conseguinte, a série de
contramedidas
abrangentes adotadas no
presente e no futuro são
legítimas, necessárias,
oportunas e defensivas,
foram cuidadosamente
consideradas e
avaliadas, que
correspondem as leis
internacionais e
nacionais, tanto para
eliminar as más
consequências da visita
como para impedir que os
EUA e as forças da
“independência de
Taiwan” tenham ido cada
vez mais longe no
caminho errado e
perigoso.
Os nossos
compatriotas de ambos os
lados do Estreito de
Taiwan são todos
chineses. Estamos a
lutar com a maior
sinceridade e esforço
pela perspectiva de uma
reunificação pacífica,
mas nunca permitiremos
que quaisquer forças
externas interfiram de
forma imprudente ou que
Taiwan se separe da
China de qualquer
forma.Caros amigos, o
mundo de hoje já não é
do século XIX, jamais
dominado por poucos
países ocidentais.
A
soberania e a
independência da China e
de outros países foram
conquistadas pela luta
sangrenta do povo.
Portanto, não se deve
permitir que sejam
novamente violadas de
forma injustificável. Os
países em
desenvolvimento
constituem a grande
maioria da comunidade
internacional, devemos
reforçar a solidariedade
e a cooperação, resistir
todas as violações da
soberania e da
integridade territorial
de todos os países, a
fim de promover a
democratização das
relações internacionais,
salvaguardar a paz e a
estabilidade, e alcançar
a cooperação e o
desenvolvimento.