29.07.2022 -
O ex-ministro do Ambiente e
da Ação Climática Matos
Fernandes, considerou hoje
que o facto de África ser o
continente que menos
emissões produz e dos que
mais sofre com as alterações
climáticas tem de nos
obrigar a agir.
O Eurafrican
Forum, que decorre hoje e
sexta-feira em Carcavelos,
está organizado em torno de
cinco eixos e conta com a
participação do
secretário-geral das Nações
Unidas, António Guterres,
dos Presidentes de Portugal,
de Cabo Verde e de São Tomé
e Príncipe, e vários
empresários e banqueiros
portugueses e africanos.
Dividido em
dois dias, o Eurafrican foi
aberto pelo ministro dos
Negócios Estrangeiros, João
Gomes Cravinho, com o dia de
hoje dedicado a vários
painéis sobre geopolítica e
geoestratégia, saúde,
educação e ciência, economia
e emprego, transição
energética e transformação
digital e ainda oceanos e
economia azul.
África “não
tem quase responsabilidade
no que está a acontecer, mas
é provavelmente o que está
mais a sofrer com as
alterações climáticas e isto
tem mesmo de nos obrigar a
fazer muito mais do que
pensar. Isto tem de nos
obrigar a agir e a
comprometer-nos”, referiu o
ex-ministro numa intervenção
no Fóum Eurafrica, que
decorre hoje e sexta-feira
em Carcavelos, nos arredores
de Lisboa.
Apontando a
energia como sendo o setor
“cada vez mais chave” no
combate às alterações
climáticas, Matos Fernandes
alertou que os países, todos
eles, têm “mesmo” de se
comprometer com a meta de
tornar o mundo neutro em
emissões de carbono em 2050,
para tentar impedir que a
temperatura média do planeta
aumente em mais de 1,5% até
ao final do século.
Mas, referiu
o antigo governante, neste
combate às alterações
climáticas e nas estratégias
de cooperação que deve haver
com África, não “vale a pena
pensar” que “temos de
ensinar o que quer que seja”
a este continente, devendo
antes “percebemos que temos
muito a partilhar” com estes
países.
Criticando o
paternalismo com que muitas
vezes os países do norte
olham e lidam com África,
Matos Fernandes sublinhou
que África “é um continente
chave para a nossa
sobrevivência”, sublinhou
Matos Fernandes, criticando
o paternalismo com que
muitas vezes os países do
norte olham e lidam com
África e lembrando que a
população africana e a sua
juventude é um “recurso
extraordinário” e uma
“riqueza enorme”.
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