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São Tomé e Príncipe corre o risco de retroceder em todos
os ganhos, diz o secretário-geral da ADI
27.07.2022 - O partido da oposição ADI - Ação Democrática Independente acusa o presidente do parlamento são-tomense de forçar a aprovação da lei das zonas francas e offshore e incluir o país no grupo de paraísos de crime internacional e lavagem de dinheiro.
O secretário-geral da ADI, Américo Ramos, afirmou que "São Tomé e Príncipe corre o risco de retroceder em todos os ganhos" registados nesta matéria, "e voltar a entrar para a lista negra de países de lavagem de dinheiro".
Numa conferência de imprensa, o secretário-geral da ADI, Américo Ramos disse que, "estamos na iminência de um golpe de Estado institucional que resultará na venda a saque de São Tomé e Príncipe. Se forem para frente com este plano o nosso país cairá para o poço dos Estados falhados e paraísos de crime internacional e lavagem de dinheiro".
Tendo dito ainda, que o presidente do Parlamento quer forçar o Presidente da República a promulgar a lei, após a sua aprovação com uma maioria de apenas 29 deputados e não uma maioria qualificada, que é de 2/3, ou seja, 37 deputados".
Américo Ramos disse que o seu partidon ADI, "irá lutar com todas as suas forças, e de todas as formas que forem precisas, para travar esta tentativa de golpe de estado institucional e esta pressuposta tentativa de venda se São Tomé e Príncipe ao crime organizado".
"Toda essa persistência em torno da aprovação do diploma da Zona Franca, leva a desconfiar que o senhor Delfim Neves fez promessas à pessoas estrangeiras que procuram um país que seja um paraíso para lavarem dinheiro", disse Américo Ramos, para depois acrescentar que, "no âmbito destas promessas poderá estar naturalmente o enriquecimento ilícito de certas pessoas, e o dinheiro para financiar a campanha de certos movimentos políticos que surgiram a última da hora, como se fez nas presidências com o financiamento de campanha do candidato Delfim Neves às presidenciais e que nunca chegou a apresentar ao Tribunal Constitucional o relatório e contas".
Por: José Rocha
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