Ong TESE sensibiliza
população para reduzir
as perdas comerciais da
EMAE

16.11.2020 -
A
campanha “Ku Kunxensa
Tudu Ngê Ká Tê Kandja”
será protagonizado por
mulheres residentes que
têm a confiança das
comunidades. A TESE – a
ONG portuguesa que
montou o programa, irá
capacitar essas mulheres
para terem uma atitude
empreendedora e, mais
tarde, montarem o seu
próprio negócio. Com
objetivo de sensibilizar
a população a não fazer
ligações diretas às
redes públicas de água e
eletricidade.
A TESE
uma organização não
governamental (ONG)
sediada em Lisboa que se
dedica à promoção do
emprego, saneamento e
energia em países em
desenvolvimento que
iniciou esta semana em
São Tomé e Príncipe um
programa de
sensibilização da
população para reduzir
as perdas comerciais da
EMAE, a empresa estatal
de energia elétrica.
Este
programa que se traduz
na campanha “Ku Kunxensa
Tudu Ngê Ká Tê Kandja”
vai ser protagonizado
por mulheres residentes
nos bairros e aldeias do
país que funcionarão
como embaixadoras da
EMAE junto das suas
comunidades.
“O
objetivo é sensibilizar
as pessoas para
reduzirem os consumos e
para não fazerem
ligações diretas às
redes públicas de
eletricidade, que
constituem o furto
continuado de um bem
público, promovendo os
pagamentos à EMAE”,
afirma Luís Matos
Martins, presidente da
TESE e CEO da
Territórios Criativos da
empresa portuguesa de
consultadoria e de apoio
ao empreendedorismo.
“Escolhemos selecionar
mulheres da própria
comunidade para levar a
cabo esta ação, uma vez
que estas recolhem maior
confiança por parte da
população são-tomense”.
Segundo o
presidente da TESE este
programa irá promover
uma atitude
empreendedora nas
mulheres embaixadoras,
preparando-as para
programas futuros de
capacitação para o
empreendedorismo e para
o lançamento dos seus
próprios negócios.
“As
embaixadoras terão o seu
posto de trabalho e irão
ver melhoradas as suas
fontes de rendimento”,
afirma Luís Matos
Martins. “A formação que
lhes foi dada teve
conteúdos de
comunicação, de
interação com as
comunidades, de promoção
do consumo eficiente de
energia elétrica:
estamos a fomentar
nestas mulheres uma
atitude empreendedora
que, em muitos casos,
irá seguramente resultar
no lançamento de
microempresas”.

De acordo
com a nota enviada a
Jornal Transparência, em
São Tomé e Príncipe a
TESE irá lançar e gerir
programas de formação
básica em ciências
empresariais (noções de
contabilidade, processos
administrativos, gestão
de stocks, etc.),
identificando pessoas
com potencial para
empreenderem negócios.
Os
formadores da TESE terão
depois programas de
mentoria para acompanhar
os formandos que lancem
pequenas empresas
sozinhos ou com sócios.
Nessa fase haverá também
sessões de marketing e
de angariação de
clientes, bem como apoio
a elaborar candidaturas
para financiamento com
base em microcrédito.
“Vemos
esta campanhaa para
reduzir as perdas
comerciais da EMAE como
um primeiro ensaio dos
nossos projetos para São
Tomé e Príncipe, os
quais se baseiam na
promoção de competências
junto da população com
que trabalhamos,
ajudando-os a
desenvolver competências
empreendedores que
poderão gerar confiança
para montarem o seu
próprio negócio”, afirma
Luís Matos Martins.
“A TESE
tem como objectivo criar
uma base de dados de
mulheres empreendedoras
para os programas que
irá dinamizar no
futuro”. Um dos
programas que a TESE
acaba de candidatar a
financiamento pelo
Instituto Camões é a
criação de uma
incubadora de talentos,
formação e mentoria a
artistas em São Tomé e
Príncipe, lê-se na nota
enviada a JT.