São Tomé e Príncipe quer
aproveitar as
oportunidades
do mar e recursos
oceânicos – ministra
31.07.2024 -
São Tomé e Príncipe quer
“aproveitar ao máximo”
as oportunidades do mar
e recursos oceânicos,
disse hoje a ministra do
Ambiente, que defendeu a
utilização e a gestão
sustentável dos oceanos
e dos ambientes
costeiros proporcionando
benefícios à população.
“O mar é um dos maiores
ativos de São Tomé e
Príncipe. A sua vasta
extensão, as suas
inúmeras potencialidades
associadas, representam
um trunfo significativo
para o nosso
desenvolvimento”,
declarou Nilda da Mata,
na abertura da primeira
conferência do mar de
São Tomé e Príncipe, que
terminará na
quarta-feira.
O território terrestre
são-tomense é de cerca
de 1.001 quilómetros
quadrados, mas o
arquipélago tem uma
extensão marítima mais
de 160 mil vezes maior,
pelo que Nilda da Mata
recordou que, em 2019, o
Governo são-tomense
adotou uma estratégia
nacional de transição
para a economia azul
para “aproveitar ao
máximo as oportunidade
atuais e futuras do mar
e dos recursos
oceânicos”.
A ministra do Ambiente
são-tomense realçou que
a economia azul não se
limita à pesca, mas
abrange os espaços
aquáticos e marinhos,
incluindo oceanos,
lagos, rios e águas
subterrâneas, tendo o
arquipélago identificado
a pesca e a aquacultura,
o transporte marítimo,
as infraestruturas
portuárias, as energias
renováveis e o
ecoturismos como setores
importantes.
“Estes setores não
gerarão apenas riqueza e
emprego, mas também
proporcionarão uma base
sólida para o
desenvolvimento
sustentável e
inclusivo”, precisou. No
entanto, apontou que “as
mudanças climáticas
representam uma ameaça”
real para o país, onde
se verificam “impactos
devastadores do aumento
das temperaturas, da
elevação do nível do
mar” nas comunidades
costeiras, na
biodiversidade marinha e
nos meios de
subsistência.
Face a isso, defendeu um
regime de governação
“que melhore a
utilização e a gestão
sustentável dos oceanos
e dos ambientes
costeiros, assegure a
saúde, a produtividade e
a resiliência dos
ecossistemas marinhos,
proporcionando
oportunidades e
benefícios à população”.
Nilda Mata indicou ações
implementadas e em
curso, nomeadamente o
processo de criação de
oito áreas protegidas,
sendo duas em São Tomé e
seis na ilha do
Príncipe, a nova lei das
pescas e aquacultura, de
2022, a lei base da
segurança marítima, de
2007, e ainda a
ratificação das
principais convenções
internacionais sobre o
setor marítimo.
“É nosso dever garantir
que sejam adotadas
práticas que respeitem e
preservem o ecossistema
marinho, permitindo que
as futuras gerações
também possam usufruir
os benefícios que o
nosso mar oferece”,
apelou.
O evento conta com
apresentações
presenciais e online de
responsáveis e
investigadores de
instituições públicas e
privadas de São Tomé e
Príncipe, Portugal e
Brasil.
Lusa