Exportações lusófonas
para a China
fixam novo recorde até
Julho
27.09.2024 -
As exportações dos
países lusófonos para a
China registaram o
melhor arranque de ano
de sempre, ao atingir
82,9 mil milhões de
dólares (74,2 mil
milhões de euros) nos
primeiros sete meses de
2024.Este é o valor mais
elevado para o período
entre janeiro e julho
desde que o Fórum para a
Cooperação Económica e
Comercial entre a China
e os Países de Língua
Portuguesa (Fórum de
Macau) começou a
apresentar este tipo de
dados dos Serviços de
Alfândega da China, em
2013, informou Agência
Lusa.
As exportações
aumentaram 6,5% em
termos anuais sobretudo
devido ao maior
fornecedor lusófono do
mercado chinês, o
Brasil, cujas vendas
cresceram 6,1%, para
69,2 mil milhões de
dólares (62 mil milhões
de euros), um novo
máximo para os primeiros
sete meses do ano.
As vendas de mercadorias
de Angola para a China
aumentaram 11,8% para
10,4 mil milhões de
dólares (9,32 mil
milhões de euros),
enquanto as exportações
de Portugal subiram 9,2%
para 1,75 mil milhões de
dólares (1,57 mil
milhões de euros).
Os dados, divulgados na
terça-feira, mostram que
a maioria dos países de
língua portuguesa
exportou mais para a
China, incluindo
Moçambique, cujas vendas
subiram 10,8%, para
848,8 milhões de dólares
(760,1 milhões de
euros).
Também a Guiné-Bissau
(+1226,7%) viu as
exportações para a China
aumentar nos primeiros
sete meses de 2024,
embora o país não tenha
vendido mais de 500
dólares (450 euros) em
mercadorias.Pelo
contrário, as
exportações da Guiné
Equatorial para o
mercado chinês desceram
7,4%, para 673,5 milhões
de dólares (603 milhões
de euros), enquanto as
vendas de Timor-Leste
(menos 99,3%), Cabo
Verde e São Tomé e
Príncipe (ambos menos
86%) também caíram em
comparação com o período
entre janeiro e julho de
2023.
Na direção oposta, os
países lusófonos
importaram mercadorias
no valor de 49,3 mil
milhões de dólares (44,2
mil milhões de euros) da
China, um aumento anual
de 17,1% e um novo
recorde para os
primeiros sete meses do
ano.
O Brasil foi o maior
parceiro comercial
chinês no bloco
lusófono, com
importações a atingirem
41,6 mil milhões de
dólares (37,3 mil
milhões de euros),
seguido de Portugal, que
comprou à China
mercadorias no valor de
3,6 mil milhões de
dólares (3,23 mil
milhões de euros).
Ao todo, as trocas
comerciais entre os
países de língua
portuguesa e a China
atingiram 132,2 mil
milhões de dólares
(118,4 mil milhões de
euros) entre janeiro e
julho, mais 10,2% do que
em igual período de 2023
e um novo máximo para os
primeiros sete meses do
ano.
A China registou um
défice comercial de 33,5
mil milhões de dólares
(30 mil milhões de
euros) com o bloco
lusófono no período
entre janeiro e julho
deste ano.Em abril, o
Fórum de Macau realizou
a sexta conferência
ministerial, durante a
qual foi aprovado o novo
plano de ação do
organismo até 2027,
concentrado em novas
áreas de cooperação,
como a economia digital
e a economia azul.