UE e FAO financiam com
1ME recenseamento da
agricultura de São Tomé
e Príncipe
30.01.20223 -
A União
Europeia e a Organização
das Nações Unidas para a
Alimentação e a
Agricultura (FAO)
financiam com 1,070
milhões de euros o
terceiro recenseamento
geral da agricultura
são-tomense para a
produção de dados
estatísticos fiáveis da
agricultura do país.
“A
realização do
recenseamento geral
agrícola colocará a
disposição das
autoridades dados
estatísticos fiáveis e
atualizados sobre o
setor, melhorando as
ferramentas de
planeamento e monitoria
das iniciativas para o
desenvolvimento da
agricultura”, sublinhou
a embaixadora da UE para
Gabão e São Tomé e
Príncipe, Rosário Bento
Pais.
Durante a
assinatura da convenção
de financiamento do
recenseamento que
decorreu na quinta-feira
em São Tomé, a
representante da UE
acrescentou que o estudo
“fornecerá anualmente
dados atualizados sobre
a produção e áreas
agrícolas, gado e
aquacultura, rendimentos
domésticos e situação
alimentar e nutricional
do país”, fornecendo as
autoridades “uma base de
dados que apoie a tomada
de decisões e
investimentos”.
O setor
primário emprega mais de
metade da população
são-tomense, e
corresponde em cerca de
20% do Produto Interno
Bruto (PIB) e mais de
90% das receitas de
exportação do país.
“Este
projeto insere-se nas
atividades que a União
Europeia está a
desenvolver com as
autoridades de São Tomé
e Príncipe para apoiar a
implementação dos planos
nacionais de
desenvolvimento do país,
que definem como um dos
seus principais
objetivos aumentar a
produção e a
diversificação agrícola
e expandir a exportação,
realçando o papel da
agricultura na criação
do emprego, no reforço
da segurança alimentar,
na redução da pobreza e
da dependência de
importações
alimentares”, disse
Rosário Bento Pais.
Os únicos
recenseamentos agrícolas
de São Tomé e Príncipe
foram realizados em 1964
e 1990, estando em
desacordo com as
orientações
internacionais.“ Mandam
as boas normas e
práticas internacionais
que os recenseamentos
agrícolas tenham lugar
de cada dez em dez anos,
pelo que se torna claro
e evidente que o país
reclama pela sua
realização, sob pena de
se comprometer a
eficácia e eficiência
aquando da planificação
dos grandes eixos
prioritários no domínio
da agricultura”,
sublinhou o ministro dos
Negócios Estrangeiros
são-tomense, Alberto
Pereira, que assinou a
convenção de
financiamento com os
representantes da UE e
da FAO.
O
terceiro recenseamento
geral da agricultura de
São Tomé e Príncipe tem
a duração de 30 meses e
vai abranger também os
subsetores das pescas,
da pecuária e da
silvicultura, e as suas
atividades vão permitir
o fortalecimento das
capacidades técnicas e
operacionais dos
técnicos dos ministérios
da Agricultura e do
Plano e Finanças, bem
como do Instituto
Nacional de
Estatística.A União
Europeia contribuiu com
970 mil euros, cabendo o
restante valor à FAO.
JYAF // JHLusa/Fim