Todos os países
lusófonos diminuíram a
mortalidade
infantil nos últimos 30
anos – ONU
10.01.2023 -
O relatório “Níveis e
tendências da
mortalidade infantil”
foi elaborado por várias
instituições
internacionais (Unicef,
OMS, Grupo do Banco
Mundial e Nações Unidas)
e indica que, a cada 4,4
segundos, uma criança ou
jovem morreu em 2021.
Este documento do Grupo
Interagências das Nações
Unidas para a Estimativa
da Mortalidade Infantil
(IGME/ONU) inclui os
dados dos países que
compõem a Comunidade dos
Países de Língua
Portuguesa (CPLP):
Angola, Brasil, Cabo
Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial,
Moçambique, Portugal,
São Tomé e Príncipe e
Timor-Leste. Todos estes
países melhoraram os
seus principais
indicadores relacionados
com a mortalidade
infantil nas três
últimas décadas. Em
1990, Angola tinha uma
taxa de mortalidade
infantil antes dos cinco
anos de 223 por cada mil
nascimentos, um número
que desceu para 204 em
2000 e para 71 em 2020.
Neste
país africano, morreram
125.000 crianças com
menos de cinco anos em
1990, 153.000 em 2000 e
91.000 em 2020. A taxa
de mortalidade infantil
era de 132 por 1.000
nascimentos em 1990 e de
48 por mil nascimentos
em 2020. As mortes
infantis passaram de
76.000 (1990) para
62.000 em 2020. Em
relação à taxa de
mortalidade neonatal,
esta situava-se nos 54
por mil nascimentos em
1990, 50 em 2000 e 27 em
2020.
A descida
não se registou nas
mortes neonatais que
foram 32.000 em 1990,
subindo para 40.000 em
2000 e atingindo os
36.000 em 2020. Os
indicadores melhoraram
no Brasil, onde em 1990
existia uma taxa de
mortalidade infantil
abaixo dos cinco anos de
idade de 63 por cada mil
nascimentos, 35 em 2000
e 15 em 2020. O número
de crianças com menos de
cinco anos que morreram
em 1990 foi de 234.000
em 1990, 122.000 em 2000
e, vinte anos depois, de
42.000. O Brasil
registou uma taxa de
mortalidade infantil de
53 por mil nascimentos
em 1990 e, em 2020, de
13 por mil nascimentos.
Neste país lusófono, as
mortes infantis
diminuíram de 194.000 em
1990 para 38.000 em
2020.
A taxa de
mortalidade neonatal foi
de 25 por mil
nascimentos em 1990, 19
em 2000 e nove em 2020,
enquanto as mortes
neonatais atingiram os
94.000 (1990), os 65.000
(2000) e os 25.000
(2020). Em Cabo Verde, a
taxa de mortalidade
inferior a cinco anos
por cada mil nascimentos
era de 60 em 1990, 38 em
2000 e 14 em 2020. Foram
registadas 1.000 mortes
de menores de cinco anos
em 1990, não existindo
registo de quaisquer
óbito nas décadas
seguintes. A taxa de
mortalidade infantil
(por mil nascimentos)
foi de 47 em 1990 e, 30
anos depois, de 12.
O número
de mortes infantis que,
em 1990, foi de 1.000
passou para zero em
2020. A taxa de
moralidade neonatal foi
de 20 por mil
nascimentos em 1990, 18
em 2000 e nove em 2020.
Não foram identificadas
no documento mortes
neonatais nestes
períodos. Na
Guiné-Bissau, a taxa de
mortalidade infantil
antes dos cinco anos foi
de 222 (por mil
nascimentos) em 1990,
174 em 2000 e 77 em
2020.
As mortes
anteriores ao quinto
aniversário foram:
10.000 em 1990, 8.000 em
2000 e 5.000 em 2020.
Neste país, a taxa de
mortalidade infantil
(por mil nascimentos)
foi de 131 em 1990 e 51
em 2020. Registaram-se
6.000 mortes infantis em
1990 e 3.000 em 2020. Em
relação à taxa de
mortalidade neonatal,
esta foi de 64 por mil
nascimentos em 1990, 55
em 2000 e 35 em 2020. As
mortes neonatais
atingiram os 3.000 em
1990, o mesmo número em
2000 e, em 2020, os
2.000. Na Guiné
Equatorial, o último
país a aderir à CPLP, a
taxa de mortalidade
infantil antes dos cinco
anos foi de 178 (por mil
nascimentos) em 1990,
156 em 2000 e 78 em
2020.
As mortes
abaixo dos cinco anos de
idade atingiram os 3.000
em 1990, subiram para
4.000 em 2000 e recuaram
novamente para os 3.000
em 2020. A taxa de
mortalidade infantil por
mil nascimentos na Guiné
Equatorial foi de 121 em
1990 e 58 em 2020,
enquanto as mortes
infantis situaram-se nos
2.000 em 1990 e 3.000
três décadas depois. A
taxa de mortalidade
neonatal era de 48 por
mil nascimentos em 1990,
44 em 2000 e 29 em 2020.
O número
de mortes neonatais foi
igual nos três períodos:
1.000. Moçambique tinha
em 1990 uma taxa de
mortalidade inferior a
cinco anos por cada mil
nascimentos de 245, que
desceu para 170 em 2000
e para 71 em 2020. Foram
registadas 142.000
mortes infantis em 1990,
128.000 em 2000 e 79.000
em 2020. A taxa de
mortalidade infantil
(por mil nascimentos) em
Moçambique foi de 163 em
1990 e de 53, 30 anos
depois.
O número
de mortes infantis
desceu de 95.000 em 1990
para 60.000 em 2020. A
taxa de moralidade
neonatal foi de 63 por
mil nascimentos em 1990,
47 em 2000 e 28 em 2020,
enquanto as mortes
neonatais nesses anos
foram de 38.000, 37.000
e 33.000,
respetivamente. Portugal
registou, em 1990, uma
taxa de mortalidade
abaixo dos cinco anos de
15 por cada mil
nascimentos, um número
que desceu para sete em
2000 e para três em
2020. Neste país,
morreram 2.000 crianças
com menos de cinco anos
em 1990, 1.000 em 2000 e
nenhuma em 2020. A taxa
de mortalidade infantil
passou de 12 por 1.000
nascimentos em 1990 para
três por mil nascimentos
em 2020.
As mortes
infantis, que foram
1.000 em 1990, foram
zero em 2020. Em relação
à taxa de mortalidade
neonatal, esta
situava-se nos sete por
mil nascimentos em 1990,
três em 2000 e dois em
2020. As mortes
neonatais foram 1.000 em
1990, sem mais registos
nas décadas seguintes.
São Tomé e Príncipe
apresentava uma taxa de
mortalidade abaixo dos
cinco anos de 108 por
cada mil nascimentos em
1990, um número que
desceu para 82 em 2000 e
para 16 em 2020.
Não é
indicado no relatório
qualquer morte abaixo
dos cinco anos de idade.
A taxa de mortalidade
infantil neste país
africano foi de 69 por
mil nascimentos em 1990
e de 13 por mil
nascimentos em 2020. Em
relação à taxa de
mortalidade neonatal,
esta situava-se nos 26
por mil nascimentos em
1990, 22 em 2000 e oito
em 2020. Não é indicada
qualquer morte neonatal
nas três datas.
Em 1990,
Timor-Leste apresentava
uma taxa de mortalidade
infantil antes dos cinco
anos de 175 por cada mil
nascimentos, um número
que desceu para 108 em
2000 e para 42 em 2020.
Neste país morreram
5.000 crianças com menos
de cinco anos em 1990,
4.000 em 2000 e 2.000 em
2020. A taxa de
mortalidade infantil
situava-se em 132 por
mil nascimentos em 1990
e em 37 em 2020. As
mortes infantis passaram
de 4.000 (1990) para
1.000 em 2020. Em
relação à taxa de
mortalidade neonatal,
situava-se nos 57 por
mil nascimentos em 1990,
38 em 2000 e 19 em 2020.
As mortes
neonatais também
baixaramdos 2.000 em
1990 para os 1.000 em
2000, mantendo-se este
valor em 2020. De acordo
com o relatório,
estima-se que cinco
milhões de crianças
morreram antes do seu
quinto aniversário e
outros 2,1 milhões de
crianças e jovens entre
os 5-24 anos perderam a
vida em 2021.
SMM //
VM