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PJ investiga tiroteio contra casa de ex-ministro

são-tomense em Portugal

 

06.01.2023 - Na queixa que apresentou à polícia, Osvaldo Abreu disse ter "receio que o incidente tenha relação com o massacre e assassinato de quatro cidadãos no quartel-general das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe e que, em seguida, determinou a prisão de opositores políticos".

APolícia Judiciária (PJ) está a investigar um tiroteio contra a casa do ex-ministro são-tomense Osvaldo Abreu, em Queluz, Sintra, na noite de 31 de dezembro, disse à Lusa fonte ligada ao processo. De acordo com a mesma fonte, foram disparadas balas contra a casa, um apartamento no nono andar, que quebraram a janela de um quarto, cerca das 21:00 da noite de sábado. Osvaldo Abreu, ministro das Obras Públicas, Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente do anterior Governo de São Tomé e Príncipe, encontrava-se em casa com familiares a celebrar a passagem de ano.

O próprio confirmou o caso à Lusa, relatando que os vidros se espalharam pelo quarto, e, durante várias horas, agentes policiais estiveram no local a realizar perícias.

Na queixa que apresentou à polícia, a que a Lusa teve acesso, Osvaldo Abreu disse ter "receio que o incidente tenha alguma relação com o massacre e assassinato de quatro cidadãos, que ocorreu no quartel-general das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe e que, em seguida, determinou a prisão de opositores políticos".

A PJ portuguesa também está atualmente a auxiliar na investigação dos acontecimentos de 25 de novembro, em São Tomé, quando quatro homens, civis, atacaram o quartel-general das Forças Armadas, e a subsequente morte, após tortura, quando se encontravam sob custódia militar, de três dos assaltantes e de um homem que foi posteriormente detido após ter sido alegadamente identificado como mandante do ataque.

As autoridades são-tomenses classificaram os acontecimentos como uma tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente da Assembleia Nacional Delfim Neves, cujo mandato terminou em novembro, na sequência das legislativas, foi detido pelos militares, na manhã de 25 de novembro, após ter sido também alegadamente identificado como mandante pelos atacantes.

Delfim Neves, que reclama inocência, foi libertado quatro dias depois, após ter sido presente a tribunal, que lhe decretou termo de identidade e residência e apresentação periódica às autoridades. A cooperação da polícia portuguesa foi solicitada pelo Governo são-tomense, chefiado por Patrice Trovoada, da Ação Democrática Independente (ADI), que regressou ao poder após ter vencido, com maioria absoluta, as eleições legislativas de 25 de setembro.

Osvaldo Abreu foi vice-presidente e atualmente é membro da direção do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), e integrou o executivo liderado por Jorge Bom Jesus, que governou São Tomé e Príncipe desde as legislativas de outubro de 2018 em coligação com o bloco PCD/UDD/MDFM. Fonte: DN/Lusa

 

 

 

 

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