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Novo projeto do hospital central de São Tomé sobe

de 17 para 32 milhões de dólares

13.12.2022 - construção do novo hospital de São Tomé, com o empréstimo do Fundo do Kuwait, deverá custar 32 milhões de dólares, quase o dobro do valor inicial, mas aguarda aprovação do Fundo, anunciou o Governo são-tomense.

Segundo o ministro da Saúde, Celsio Junqueira, um comité diretor do projeto criado pelo Governo anterior, liderado por Jorge Bom Jesus, fez “um novo projeto que inclui a requalificação e um novo hospital”, por isso valor do projeto “saiu de 17 milhões de dólares [16,2 milhões de euros] para 32 milhões de dólares [30,4 milhões de euros]”.

“Agora é preciso garantir com o financiador do projeto inicial, que tinha garantido 17 milhões de dólares, se 32 milhões de dólares é possível”, disse hoje o ministro, quando questionado pelos jornalistas à margem da cerimónia de entrega de certificados de formação profissional a um grupo de jovens.

Celsio Junqueira sublinhou ainda que será necessário ter em conta os “trâmites legais”, nomeadamente o envio do novo projeto à Assembleia Nacional para obter autorização face ao novo montante e à nova estrutura do projeto.

Em 2016, o Governo também liderado pelo atual primeiro-ministro, Patrice Trovoada, assinou com o Fundo do Kuwait um acordo de empréstimo no valor de 17 milhões de dólares para reabilitação, construção de novas infraestruturas e equipamento do maior hospital do país, Hospital Ayres de Menezes, mas até ao final do seu mandato (2018) as obras não arrancaram.

Após assumir a governação em 2018, o Governo de Bom Jesus moveu um processo-crime contra o anterior executivo, alegando o desaparecimento do valor, tendo sido preso preventivamente durante cerca de quatro meses o ex-ministro do Plano, Finanças e Economia Azul e subscritor do acordo, Américo Ramos. Em dezembro de 2019, Ahmad Al-Mujalham, um representante do Fundo do Kuwait, deslocou-se à capital são-tomense a pedido das autoridades e garantiu que o empréstimo de 17 milhões de dólares contraídos pelo Governo de Patrice Trovoada continuava disponível.

Durante uma visita efetuada ao hospital em 17 de novembro, poucos dias após voltar ao poder, o primeiro-ministro disse que o seu executivo estava a “tomar contacto com o dossiê”, sublinhando que “havia um projeto”, mas o Governo cessante fez um outro, que será avaliado sem entrar em “polémicas”.

“Vamos seguir os procedimentos normais, transparentes, para que as pessoas possam beneficiar de um hospital”, disse Patrice Trovoada, recordando que o contrato original foi assinado há quase sete anos. O primeiro-ministro disse ter constatado que o banco de urgência "infelizmente, está em péssimas condições de infraestruturas”, com consequências ao nível do atendimento e que “talvez seja o maior ponto crítico do hospital”.

“Esse hospital em termos de estrutura, dispersão dos serviços, não é um hospital funcional. Eu espero que desta vez possamos construir de facto um novo hospital, mas no entretanto temos que atacar o problema das urgências”, disse Patrice Trovoada. Lusa.

 

 

 

 

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