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Falência de Um Banco pela terceira vez em São Tomé e Príncipe

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15.08.2016 - Recentemente tive conhecimento de que pela segunda vez o Banco Equador entra em falência, é a terceira vez que isso acontece no nosso país. A causa parece ser a mesma, os créditos mal parados ou seja créditos que não são cobráveis.

Esta situação é muito prejudicial ao nosso sistema financeiro porque mina a confiança dos depositantes (particulares e empresas). Eu pessoalmente acho que é um fracasso para a atual governadora do Banco Central de STP e sua equipa, como os responsáveis pela definição da política financeira do nosso país.

A atividade bancária quando bem gerida pode ser muito lucrativa e assim garantir a sobrevivência da instituição, manter os postos de trabalho e salários dos seus trabalhadores.

As famílias e empresas procuram os bancos porque é seguro guardar o dinheiro nos bancos. Estes pelo seu turno concedem créditos a quem o solicitar. Os destinatários dos créditos quando pagam, amortizam o que receberam e também pagam os juros, que correspondem ao lucro dos bancos.

Dito por outras palavras, os bancos para funcionarem têm de conceder créditos, a questão que se coloca é quem deve ser eleito para atribuição de um crédito. Não basta que um cliente chegue aos balcões de um banco, ostentando uma gravata comprida até ao chão, que solicite um crédito e o mesmo lhe seja concedido. Ele pode sempre pedir o crédito, mas o banco terá de atender às regras definidas pelo Banco Central para aferir se o cliente é elegível para atribuição do crédito ou não. Normalmente o cliente deve apresentar garantias (hipoteca de moradia, terreno, etc.) de valor aproximado do montante do crédito porque se no futuro ele não puder desembolsar o que recebeu, o banco poderá alienar a garantia em questão e reaver o seu dinheiro, que na verdade é o dinheiro dos depositantes.

Quando as regras não existem ou não são cumpridas, acontece o que se está a passar com o Banco Equador, o banco fecha as portas, os trabalhadores vão para o desemprego e os depositantes perdem dinheiro.

A mim custa-me compreender o facto de não se ter tirado ilações, que não se tenha aprendido nada com as falências anteriores, nomeadamente da Caixa Nacional de Poupança e Crédito (CNPC) e do próprio Banco Equador antes de ser vendido aos investidores angolanos.

Em muitos países, as remessas de dinheiro enviadas pelos emigrantes têm um papel fundamental na dinamização da economia. No nosso caso, por causa do mau comportamento do sistema financeiro, um emigrante antes de transferir sua economia para o país pensaria duas vezes, não acham?

Osvaldo Aguiar

 

 

 

 

 

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