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 Jorge Marques apresenta exposição das suas aventuras marítimas no Golfo da Guiné

JT: 29.07.2015 - A Sala de Exposições do Centro Cultural Português, acolheu esta terça-feira pelas 18 horas, a inauguração da exposição fotográfica e documental do conceituado Jornalista português, Jorge Trabulo Marques intitulado “ Sobreviver no Mar dos Tornados, 38 Dias á Deriva numa Piroga.

Para apresentação das suas exposições fotográficas, que contou com o apoio do Centro Cultural Português, foram convidados várias personalidades que presenciaram a inauguração das suas obras fotográficas como, do Ministro da Educação, Cultura e Ciência, Olinto Daio, Embaixador da Nigéria acreditado em São Tomé e Príncipe, o Director do Gabinete da Presidência da República, Coronel Victor Monteiro, entre outras individualidades singulares, e jovens estudantes.

No acto da inauguração e apresentação da sua exposição, o aventureiro e jornalista português, Jorge Trabulo Marques, falou dos objectivos da exposição, e tudo quanto marcou a sua vida, e trajectória em São Tomé e Príncipe, antes e após a Independência de 12 de Julho de 1975, desde a escalada (subida) do Pico-Cão-Grande, situado na zona Sul de São Tomé, e bem como da travessia de canoa a Ilha de STP, Nigéria, Guiné-Equatorial, e na tentativa de chegar ao Brasil.

Segundo Jorge Marques, o objectivo desta exposição, é de associar ao espírito das comemorações do 40ºaniverssário da Independência de São Tomé e Príncipe; e mostrar á população destas encantadoras ilhas, às generosas e pacíficas gentes deste jovem país, das quais tem consigo as mais gratas recordações, um conjunto de várias fotografias, artigos, passagem do seu diário de bordo, entre outros documentos, das minhas aventuras marítimas e da escalada do Pico Cão Grande, com a colaboração de uma corajosa equipa de santomenses.

Episódio este, que segundo ainda o autor, no termo da sua exposição, deseja doar ao Museu Nacional de São Tomé e Príncipe.

O jornalista português disse, que a razão das suas travessias foi vários: antes de mais, o fascínio que o mar exerceu em ele, desde o primeiro dia que desembarcou da velha canoa, ao largo da baia azulinha da linda cidade de São Tomé, o desejo de encontrar a sós com a solidão e a vastidão do oceano e, de perante esse cenário, de poder perguntar, ainda mais de perto, sobre a presença e os mistérios de Deus.

Por outro lado, a sua travessia, tinha outras razões, como do carácter histórico e científico e humanitário, tais como evocar a rota da escravatura, ao longo da grande corrente equatorial, e lembrar esses ignominiosos tempos do comércio de escravos, e chamar atenção para a grave problema que, sob as mais diversas formas, continua afectar a existência muitos seres humanos na actualidade.

Demonstrar a possibilidade de antigos povos africanos terem povoado as ilhas, situadas naquele imenso Golfo, muito antes dos navegadores portugueses ali terem chegado, e contribuir para a moralização de futuros náufragos, que felizmente durante 38 dias perdidos no alto mar, com ajuda de Deus, pudesse resistir a tantos dias de angústia, de sobressaltos e de incerteza.

Para o Ministro da Educação, Olinto Daio e Coronel Victor Monteiro, a trajectória da exposição fotográfica de Jorge Marques, retrata uma grande experiência da vida única que uma pessoa vive, e esta exposição fotográfica é suficiente para descrever os 38 dias que viveu no alto mar por uma causa justa.

Na base desta exposição fotográfica, que retratam a passagem do Jorge Trabulo Marques, que viajou de canoa da Ilha de São Tomé e Príncipe, Nigéria, Guiné-Equatorial na tentativa de atravessar o Brasil, o Embaixador da República da Nigéria que tomou parte da cerimónia, formulou o convite ao Jorge Trabulo a visitar Nigéria para apresentação da exposição fotográfica.

Jorge Trabulo Marques, é natural da aldeia de Chãs (Portugal), nasceu ao 20 de Janeiro de 1945, do concelho de Vila Nova de Foz Côa, tendo vivido vários anos em São Tomé, Ilha onde desembarcou em Novembro de 1963, para um estágio na Roça Uba-Budo.

Para alguns presentes, a trajectória e a história do Jornalistas Jorge Trabulo Marques deveria ser traduzida de uma longa-metragem de um filme.

Por: Adilson Castro- JT

 

 

 

 

 

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