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Reação À Notícia Sobre Empréstimo Ilegal Feito Pelo Governo de S. Tomé e Príncipe

Caros leitores,

27.06.2016 - Tive conhecimento através da comunicação social que o Governo da República, no decurso do ano transato, teria contraído um empréstimo no valor de 30 milhões de dólares junto de uma empresa chinesa, China International Fund Limited, para construir uma cidade administrativa na ilha de São Tomé, alojamentos para funcionários públicos e a juventude. A notícia diz ainda que este montante terá sido depositado na conta número 9520-599713-973 – SWIFT: CGDIPTL, da Caixa Geral de Depósitos em Portugal. Se o dinheiro é para o benefício do nosso país porquê que o mesmo foi depositado num banco no exterior?

É que esta situação é muito grave e ao meu ver, devia merecer outro tratamento por parte das nossas instituições democráticas. Pois a democracia não assenta somente em multipartidarismo, as demais instituições democráticas também têm de desempenhar o seu papel, nomeadamente: a Presidência da República, a Assembleia Nacional e o Supremo Tribunal de Justiça, assim como a Procuradoria-Geral da República.

Num episódio desta natureza, a Procuradoria-Geral da República devia abrir uma investigação com vista ao apuramento da veracidade dos factos. Ao nível da Assembleia Nacional devia ser criada uma comissão parlamentar de inquérito com o propósito também de investigar esses mesmos factos.

E no caso de os factos serem verdadeiros o Governo deixaria de ter condições para se manter no poder, não restando à Presidência da República nenhuma outra opção a não ser demitir o Governo, pois a lei é para ser cumprida por todos e o exemplo tem de vir de cima.

Mas infelizmente a Presidência da República está mais preocupada em garantir as condições necessárias para que a atual legislatura vá até ao fim, custe o que custar, porque desde de 1991, S. Tomé e Príncipe teve mais de catorze governos em vez de pouco mais de cinco caso as legislaturas não fossem sucessivamente interrompidas.

Ora, já pararam para pensar que certamente as legislaturas que foram amputadas no tempo mereciam ser interrompidas? Queremos ter um regime democrático de matriz ocidental mas não queremos aplicar valores universais como o mérito. É que para um governo chegar ao termo da sua legislatura ele tem de merecê-lo.

Observem a atuação do atual Governo, está constantemente a dar “tiro no próprio pé”, primeiro foi a questão das viagens excessivas do primeiro-ministro que esteve maior parte do tempo no exterior, até mais pareceu um ministro dos negócios estrangeiros do que chefe do governo de um país. Agora é a situação do empréstimo à margem da lei.

Foi por razões dessa natureza que o Presidente da Guiné-Bissau, demitiu o governo. O país ficou mergulhado no caos, mas que seja. Assim quando as coisas consertarem, consertam de uma vez por todas!

Gratos pela vossa atenção

Osvaldo Aguiar 

 

 

 

 

 

 

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